Foto: Reprodução | Marcio Di Pietro - Secom
Desmoronamento de lixão contamina rios da Bacia Araguaia-Tocantis

Desmoronamento de lixão contamina rios da Bacia Araguaia-Tocantis

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O desmoronamento de um lixão no município de Padre Bernardo, em Goiás, resultou na contaminação de dois rios e destacou os riscos associados a depósitos de lixo a céu aberto, que ainda operam em mais de 2,2 mil municípios brasileiros.

O iincidente ocorreu no lixão Ouro Verde em 18 de junho, quando uma quantidade de resíduos equivalente a 16 piscinas olímpicas foi despejada no córrego Santa Bárbara.

O produtor rural Jeorge Maurício Vidal Lima teve que recorrer a caminhões-pipa para abastecer suas propriedades, já que a água do Rio do Sal, anteriormente utilizada, foi contaminada por chorume. A Secretaria de Meio Ambiente de Goiás proibiu o uso da água de três mananciais que atendem comunidades rurais, e a contaminação já atingiu o Rio Maranhão, a mais de 50 km do local do desastre.

Para mitigar os danos, a Secretaria de Meio Ambiente e a prefeitura estão abrindo uma nova estrada para facilitar a retirada dos resíduos acumulados. Estima-se que serão necessárias mais de 4 mil viagens para remover todo o lixo. A água está sendo bombeada para o outro lado do córrego para evitar contato contínuo com os resíduos.

O lixão, pertencente à companhia Ouro Verde, foi construído em uma área de preservação ambiental. O Ministério Público tentou impedir sua operação, mas a Justiça Federal havia autorizado o funcionamento.

Após o desastre, a Justiça ordenou o fechamento do lixão e a empresa foi multada em R$ 37,5 milhões. A Ouro Verde afirmou estar trabalhando na remoção do chorume e comprometida com a recuperação ambiental da área.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos previa a extinção de todos os lixões a céu aberto no Brasil até 2024. No entanto, o secretário nacional de Meio Ambiente, Adalberto Maluf, reconhece que ainda existem 2.200 lixões, principalmente em municípios pequenos.

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