A Captar Agrobusiness, reconhecida por possuir a maior criação de gado em confinamento do Nordeste, anunciou um ambicioso plano de investimento de R$ 1,2 bilhão para implantar um megacomplexo agroindustrial no Oeste da Bahia.
De acordo com a empresa, o objetivo é posicionar a região no mapa da exportação de carnes e transformar Luís Eduardo Magalhães, a capital dos grãos do Matopiba, em um centro de excelência da pecuária de corte.
Segundo reportagem do AGFeed, o projeto será erguido a 15 quilômetros de Luís Eduardo Magalhães, abrangendo uma área total de 220 hectares. A iniciativa visa transformar a produção de grãos local em proteína animal, focando em exportação e eficiência logística.
O complexo agroindustrial planejado inclui um frigorífico, fábricas de rações e unidades de produção de bioenergia. A construção do frigorífico, que será a maior planta frigorífica da região até 2030, está orçada em R$ 500 milhões. A geração própria de energia será feita a partir de fontes renováveis, como solar e biogás.
Atualmente, o confinamento da Captar tem capacidade estática para receber 65 mil cabeças de gado, sendo o maior do Nordeste. A empresa pretende dobrar essa capacidade como parte do novo complexo. Além disso, o projeto prevê a modernização da frota e a integração de todas as etapas da cadeia produtiva.
O investimento total de R$ 1,2 bilhão será aplicado nos próximos cinco anos, com a expectativa de que até 2030 o local abrigue o frigorífico integrado.
Sob a liderança de Almir Moraes Filho, dono da Captar Agrobusiness, a holding já controla negócios que abrangem recria e engorda de bois, produção de rações para nutrição animal e fertilizantes, além de logística e, em breve, energia.
No ano passado, a Captar entregou mais de 100 mil bois para abate a frigoríficos, com a estimativa de alcançar cerca de 150 mil este ano, gerando um faturamento estimado em R$ 750 milhões. Com a concretização do complexo e a integração de todas as operações, a expectativa é que essa entrega atinja mais de 400 mil cabeças de gado.