Foto: José Cruz/Agência Brasil
Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 5,1%

Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 5,1%

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A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, foi ajustada de 5,17% para 5,10% em 2025. Esta é a oitava redução consecutiva na estimativa, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 21 de julho.

O Banco Central (BC) publica semanalmente essa pesquisa em Brasília, reunindo expectativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção de inflação foi ajustada de 4,5% para 4,45%. Já para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,8%, respectivamente. A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em junho, a inflação oficial perdeu força e fechou em 0,24%, mesmo com a pressão da energia elétrica. Este resultado foi marcado pela primeira queda no preço dos alimentos após nove meses. No entanto, o índice acumulado em 12 meses atingiu 5,35%, permanecendo pelo sexto mês consecutivo acima do teto da meta de 4,5%.

Juros básicos

Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, que foi definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Apesar da recente desaceleração da inflação, as incertezas econômicas levaram o colegiado a aumentar os juros em 0,25 ponto percentual na última reunião, marcando o sétimo aumento consecutivo da Selic.

O Copom informou que pretende manter os juros no mesmo patamar nas próximas reuniões, enquanto avalia os efeitos do ciclo de alta da Selic sobre a economia. No entanto, não descartou novos aumentos caso a inflação volte a subir.

A expectativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 em 15% ao ano. Para o fim de 2026, espera-se que a Selic caia para 12,5% ao ano, e para 2027 e 2028, a previsão é de redução para 10,5% e 10% ao ano, respectivamente.

PIB e câmbio

A estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira em 2025 permaneceu em 2,23%, segundo o Boletim Focus. Para 2026, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) foi ajustada de 1,89% para 1,88%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima uma expansão do PIB de 2% em ambos os anos.

O IBGE informou que a economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, impulsionada pela agropecuária. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%, representando o quarto ano consecutivo de crescimento. A previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,65 para o fim deste ano, e para o fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,70.

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