O Brasil passa a contar, a partir desta quarta-feira, 23 de julho, com uma Política Nacional de Enfrentamento da Infecção por Papilomavírus Humano (HPV), a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum no mundo.
A iniciativa foi oficializada com a publicação da Lei nº 15.174 no Diário Oficial da União, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelos ministros Alexandre Padilha (Saúde), Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania), Márcia Lopes (Mulheres) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento).
O HPV é um vírus que afeta a pele e as mucosas e pode causar desde verrugas genitais até tumores malignos, como o câncer do colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta. Atualmente, existem mais de 200 tipos de HPV identificados.
A vacinação é considerada a forma mais eficaz de prevenção. No Brasil, o imunizante é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser associado ao uso de preservativos, que ajudam a reduzir o risco de contágio.
Diagnóstico e tratamento
A nova política prevê um conjunto de ações preventivas, diagnósticas e curativas para o enfrentamento da infecção. Entre elas estão exames clínicos e laboratoriais, como colposcopia, citologia, biópsia e testes moleculares, além do acompanhamento clínico de parceiros (as) de pessoas infectadas.
Para o tratamento, serão ofertados procedimentos locais domiciliares e ambulatoriais, garantindo maior cobertura e agilidade no atendimento.
Diretrizes e pesquisa
A iniciativa também estabelece diretrizes para articular órgãos públicos, sociedade civil e instituições de pesquisa. Entre os objetivos estão ampliar debates sobre a prevenção, incentivar pesquisas voltadas ao diagnóstico e tratamento do HPV e promover campanhas de conscientização sobre os riscos e as formas de se proteger contra o vírus.
Sintomas e importância da prevenção
Na maioria dos casos, a infecção pelo HPV não apresenta sintomas e pode permanecer latente por meses ou anos. A queda na imunidade, porém, pode desencadear lesões e a multiplicação do vírus.
Segundo o Ministério da Saúde, a maior parte das infecções é eliminada espontaneamente pelo organismo em até 24 meses, mas os casos persistentes exigem atenção para evitar complicações graves.
Mais informações sobre prevenção, sintomas e vacinação podem ser consultadas na página oficial do Ministério da Saúde sobre o HPV.