Mais de 30 milhões de brasileiros já emitiram a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), que estabelece um padrão único para todo o país. De acordo com dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, os registros contabilizados até 23 de julho mostram a adesão ao documento, que é gratuito na primeira emissão e utiliza a biometria como base para concessão e renovação de benefícios de seguridade social.
A CIN foi criada para reduzir fraudes e melhorar cadastros administrativos, oferecendo melhores serviços. O documento é padronizado em torno do CPF e conta com recursos de segurança, como QR Code, tanto na versão física quanto digital. Este código possui uma assinatura digital que garante a autenticidade e dificulta falsificações.
Emissão e segurança
A primeira via da CIN é gratuita e pode ser emitida em todos os estados. Para isso, é necessário apresentar certidão de nascimento ou casamento. A CIN também possibilita acesso mais seguro aos serviços digitais disponíveis no portal GOV.BR, com a expectativa de que, no futuro, esses serviços sejam oferecidos de forma mais automatizada.
Durante um evento sobre transformação digital, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que regulamenta o uso da biometria na concessão e renovação de benefícios da seguridade social. A implementação será gradual, permitindo que beneficiários já cadastrados tenham mais tempo para se adequar.
Aplicativo e proporção de emissões
Foi lançado um aplicativo da CIN para validação oficial e gratuita dos dados do documento. Este aplicativo permite verificar se o QR Code do documento foi emitido pelo ministério, operando em modo detalhado ou parcial. Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a prioridade é que todos os brasileiros tenham o novo documento.
O Piauí lidera em proporção de emissões em relação à população, com 37% dos habitantes já possuindo a CIN. Em termos de quantidade, São Paulo lidera com 4 milhões de emissões, seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro. A região Sudeste concentra o maior número de documentos emitidos, com 10,7 milhões.
Faixa etária e inclusão
Os jovens entre 15 e 19 anos representam a maioria das emissões, seguidos pelas faixas etárias de 10 a 14 anos e 25 a 29 anos. A nova carteira também pode incluir símbolos que identificam pessoas com deficiência, como visual, auditiva, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e deficiência intelectual. Até 23 de julho de 2025, mais de 493 mil emissões foram para pessoas com deficiência, com destaque para registros de indivíduos com TEA.