Profissionais interessados em participar do programa Agora Tem Especialistas podem se inscrever na plataforma da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde a partir desta segunda-feira.
O programa visa selecionar médicos especialistas para atuar em unidades públicas, com o objetivo de reduzir o tempo de espera por atendimentos especializados. As inscrições estão abertas até o dia 10 de agosto, e as atividades terão início em setembro, com duração de um ano.
De acordo com o Ministério da Saúde, o edital oferece 635 vagas imediatas, além de 1.143 para cadastro de reserva. Do total de vagas, 20% serão reservadas para pessoas negras, indígenas ou quilombolas, e 6% para pessoas com deficiência.
Para participar, é necessário ter Registro de Qualificação de Especialista (RQE) ou estar em processo de solicitação, desde que a residência médica tenha sido concluída ou o título de especialista já tenha sido emitido pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Médicos selecionados e condições de trabalho
Os médicos selecionados dedicarão 16 horas semanais à assistência à população e outras 4 horas a itinerários formativos teórico-práticos, conduzidos por profissionais dos hospitais do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-Sus) e da Rede Ebserh. Em troca, receberão uma bolsa mensal que varia entre R$10 mil e R$20 mil, conforme a vulnerabilidade social da cidade onde irão atuar.
No momento da inscrição, o candidato deverá escolher o município e o estabelecimento de saúde de sua preferência, podendo indicar até dois locais. A seleção será feita por pontuação, de acordo com as titulações de especialização e tempo de formação comprovados.
“Pela primeira vez, o Ministério da Saúde lança um programa com o intuito de trazer médicos especialistas para a Atenção Especializada da rede pública de saúde. Depois do sucesso do Programa Mais Médicos, que possibilitou formar e contratar médicos de família e comunidade, chega a vez do Agora Tem Especialistas, que vai investir no desenvolvimento desses profissionais já especializados”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.