O Governo Federal, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), confirmou 761.528 inscrições na segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2).
Considerado o “Enem dos concursos”, o modelo unificado se consolida como uma política pública inovadora que busca democratizar o acesso ao serviço público com equidade, inclusão e representatividade regional.
O CPNU 2 oferece 3.652 vagas distribuídas em 32 órgãos e entidades federais, com aplicação de provas em 228 cidades do país. O concurso atraiu candidaturas de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, totalizando 4.951 municípios representados entre os inscritos.
Alcance nacional
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Sudeste: 247.838;
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Nordeste: 229.436;
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Centro-Oeste: 150.870;
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Norte: 84.651;
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Sul: 48.733.
O perfil de vagas da nova edição apresenta mudanças em relação ao primeiro certame, tanto nas habilidades exigidas quanto nos níveis salariais, refletindo um esforço de valorização e modernização da carreira pública.
Nesta edição, 60% dos inscritos são mulheres, representando um crescimento em relação à edição anterior (56,2%). Foram implementadas medidas específicas para incentivar a participação feminina, incluindo ações afirmativas que garantem igualdade de acesso à segunda etapa do concurso.
Caso haja desequilíbrio entre os gêneros na classificação da primeira fase (objetiva), será feita a equiparação, assegurando que ao menos 50% das vagas da fase discursiva sejam ocupadas por mulheres com desempenho suficiente.
Blocos temáticos e número de inscrições
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Bloco 1 – Seguridade Social: Saúde e Assistência: 127.970;
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Bloco 2 – Cultura e Educação: 69.507;
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Bloco 3 – Ciências, Dados e Tecnologia: 35.834;
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Bloco 4 – Engenharia e Arquitetura: 41.245;
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Bloco 5 – Administração: 173.829;
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Bloco 6 – Desenvolvimento Socioeconômico: 44.441;
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Bloco 7 – Justiça e Defesa: 54.029;
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Bloco 8 – Intermediário – Saúde: 37.075;
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Bloco 9 – Intermediário – Regulação: 177.598.
Provas e etapas
As provas objetivas do CPNU 2 serão aplicadas no dia 5 de outubro, enquanto as provas discursivas ocorrerão em 7 de dezembro. Os exames serão realizados em 228 cidades distribuídas por todos os estados brasileiros e o Distrito Federal, ampliando o acesso e reduzindo desigualdades regionais.
Cada candidato deve escolher um dos blocos temáticos no momento da inscrição, podendo ainda indicar sua ordem de preferência entre os cargos e órgãos disponíveis naquele bloco. O modelo permite que os participantes concorram a mais de uma vaga simultaneamente, conforme seu desempenho nas provas.
Inclusão e diversidade
O CPNU 2 foi estruturado com forte compromisso com a inclusão e equidade, incorporando ações afirmativas para garantir representatividade no serviço público federal. Estão reservadas:
- 25% das vagas para pessoas negras;
- 5% para pessoas com deficiência (PcDs);
- 3% para indígenas;
- 2% para pessoas quilombolas.
O edital também assegura condições especiais de prova para gestantes e lactantes, incluindo tempo adicional para amamentação e estrutura de apoio durante a realização dos exames.
Além disso, há uma regra de equiparação de gênero: quando houver desequilíbrio na proporção de mulheres classificadas na primeira fase, será garantido que ao menos 50% das vagas da segunda etapa (discursiva) sejam ocupadas por candidatas mulheres que tenham desempenho mínimo exigido.
Valorização do serviço público
O CPNU 2 se soma a uma série de iniciativas voltadas à valorização do serviço público no Brasil. Desde 2024, o Governo Federal já lançou mais de 43 concursos públicos, totalizando 4.505 vagas. Somadas às 6.640 vagas do CPNU 1 e às 3.652 do CPNU 2, as seleções refletem uma estratégia de renovação e fortalecimento do funcionalismo federal, baseada em diversidade, mérito e inovação.