O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da soberania do Brasil sobre seus minerais críticos em um evento realizado nesta segunda-feira, 28 de julho em São João da Barra, Rio de Janeiro.
Lula afirmou que as riquezas minerais do país devem beneficiar o povo brasileiro e expressou preocupação com o interesse dos Estados Unidos nesses recursos. Ele enfatizou que empresas privadas poderão realizar pesquisas no território nacional, mas sob controle brasileiro.
De acordo com a Agência Brasil, Lula mencionou que os Estados Unidos estão interessados em minerais críticos da Ucrânia e do Brasil. Ele questionou: “Por que que eu vou deixar para outro pegar?”. Minerais críticos, ou de terras raras, são essenciais para a transição energética, sendo usados em tecnologias como usinas eólicas e painéis solares.
O presidente anunciou a criação de uma “comissão ultraespecial” para mapear as riquezas do solo e subsolo brasileiro, ressaltando que 70% do território ainda não foi pesquisado. Ele afirmou que qualquer descoberta feita por empresas privadas deverá ser negociada com o governo, garantindo que os recursos beneficiem o Brasil.
Iniciativas Educacionais e Nova Termelétrica
Lula também defendeu políticas educacionais para ampliar o acesso ao ensino técnico e superior, destacando a importância da qualificação para a competitividade do país. “A qualificação do nosso povo [é] que vai garantir a competitividade do Brasil”, disse ele.
Durante o evento, o presidente participou da inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu. A usina, parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), recebeu R$ 7 bilhões em investimentos e gerou mais de 10 mil empregos. Com 1,7 GW de capacidade, a GNA II representa cerca de 10% da geração a gás natural da matriz elétrica nacional.
Lula destacou o papel do Estado em garantir estabilidade para atrair investimentos. A Gás Natural Açu (GNA), responsável pelas usinas, é uma parceria entre Prumo Logística, bp, Siemens Energy, Siemens AG e SPIC Brasil. Uma carta de intenções foi assinada para fomentar o mercado de gás natural no Brasil, com potencial de atrair até R$ 20 bilhões em investimentos.