O Brasil está fora do Mapa da Fome, conforme anunciado na última segunda-feira, 28 de julho. Este indicador global da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) identifica países onde mais de 2,5% da população enfrentam subalimentação grave. A classificação atual considerou dados de 2022 a 2024. O país já havia saído do Mapa da Fome em 2014, mas retornou entre 2019 e 2021.
De acordo com a Agência Brasil, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou que os avanços na educação e a reformulação do Bolsa Família no início de 2023 estão contribuindo para uma redução mais permanente da fome no país. “Agora, quando alguém entra [no novo Bolsa Família], nunca mais volta para fome e para miséria”, afirmou o ministro.
O ministro explicou que, mesmo quando a renda de uma família aumenta, ela pode continuar recebendo parte do benefício por um período. “Se a renda cresce e a família sai do limite da pobreza, ele ainda pode ficar um ano recebendo 50% do Bolsa Família”, acrescentou. Caso a família perca o emprego, ela pode retornar ao programa rapidamente.
Além da reformulação do Bolsa Família, a educação tem sido uma importante ferramenta para combater a miséria. “Está comprovado que educação tem esse papel”, disse o ministro. Cerca de um milhão e meio de beneficiários do Bolsa Família estão no ensino técnico e superior, o que tem sido uma porta de saída não apenas da fome, mas também da pobreza.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) assinou um protocolo de intenções com a Atento, empresa de contact center, para oferecer vagas de emprego a pessoas inscritas no CadÚnico. Esta ação faz parte do programa Acredita no Primeiro Passo, criado em 2024, que visa a inclusão socioeconômica de pessoas em situação de vulnerabilidade, com foco em grupos como mulheres, jovens, negros, pessoas com deficiência e comunidades tradicionais.