A Operação Shamar, coordenada pelo governo federal, resultou na prisão de 387 pessoas acusadas de feminicídio e violência doméstica desde o início das ações, em 1º de agosto, até o meio-dia de quinta-feira, 7 de agosto.
Durante esse período, 2.518 vítimas foram atendidas e 314 medidas protetivas de urgência foram solicitadas. A operação mobilizou 16.508 agentes de segurança em todo o território nacional.
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a operação teve um investimento de R$ 2 milhões, destinado ao pagamento de diárias para policiais civis e militares, visando o cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão, especialmente em locais sem delegacias especializadas. Além disso, foram realizadas ações educativas, como palestras e panfletagem, que alcançaram 382.114 pessoas.
Nesta quinta-feira (7), data que marcou o “Dia D” da mobilização nacional contra a violência à mulher, também foi celebrado o 19º aniversário da Lei Maria da Penha. As atividades da Operação Shamar continuarão até 4 de setembro, abrangendo todos os 26 estados e o Distrito Federal, com diligências realizadas em 335 municípios.
Atuação em São Paulo
Em São Paulo, a Polícia Civil realizou uma operação para cumprir centenas de mandados de prisão relacionados a casos de violência doméstica, como parte da Operação Shamar.
A delegada Adriana Liporoni, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher do Estado de São Paulo, afirmou: “A operação é uma resposta da Polícia Civil aos crimes de violência doméstica. Estamos unindo forças para mostrar que a mulher não está sozinha e que o estado está ao seu lado para protegê-la”.
Canais de denúncia
O Ministério da Justiça orienta que, em casos de suspeita ou violação dos direitos da mulher, as vítimas procurem uma delegacia de polícia especializada ou entrem em contato com o 190. Também está disponível a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180, que pode ser acessado via WhatsApp pelo número 61 9610 0180.