FOTO: REPRODUÇÃO | MARCELLO CASAL JR - AGÊNCIA BRASIL
Número de pessoas em busca de emprego cai 21% no segundo trimestre

Número de pessoas em busca de emprego cai 21% no segundo trimestre

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O Brasil registrou, no segundo trimestre de 2025, o menor número de pessoas desempregadas há mais de um ano desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, conforme dados divulgados nesta sexta-feira, 15 de agosto.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1,913 milhão de trabalhadores estavam em busca de emprego nos meses de abril, maio e junho deste ano, o menor número desde 2012.

Esse dado representa uma redução de 21% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o contingente somava 2,4 milhões de pessoas. A pesquisa do IBGE analisa o mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais, considerando todas as formas de ocupação, como empregos com ou sem carteira assinada, temporários e por conta própria. Apenas aqueles que efetivamente procuram emprego são considerados desocupados.

Os pesquisadores do IBGE detalharam quatro estratos de tempo em busca de trabalho, todos apresentando redução em relação ao mesmo trimestre de 2024: menos de um mês (-16,7%), de um mês a menos de um ano (-10,7%), de um a menos de dois anos (-16,6%) e dois anos ou mais (-23,6%). No grupo que busca uma vaga de um mês a menos de um ano, o contingente de 3,2 milhões é o menor desde 2012, com uma queda de 18,5% desde então.

O analista da pesquisa, William Kratochwill, destacou a tendência de queda no percentual de pessoas em busca prolongada por ocupação. “O mercado está gerando oportunidades que estão absorvendo muitas pessoas, inclusive aquelas que tinham mais dificuldade de encontrar um posto de trabalho”, afirmou.

Mercado de trabalho aquecido

No último dia 31, o IBGE anunciou que a taxa de desemprego no país no segundo trimestre ficou em 5,8%, a menor da série histórica. A Pnad mensal também apontou recordes no emprego com carteira assinada, com 39 milhões de pessoas, e no rendimento médio mensal do trabalhador, que chegou a R$ 3.477. A Pnad trimestral revelou que o desemprego caiu em 18 das 27 unidades da federação, com taxas variando de 2,2% em Santa Catarina a 10,4% em Pernambuco.

Além disso, 12 estados atingiram o menor nível de desemprego para um segundo trimestre em toda a série histórica. Kratochwill observou que o ano de 2025 tem se mostrado diferente dos anteriores, com o mercado absorvendo grande parte da mão de obra temporária. “O mercado de trabalho está resistente a pioras, e os dados do segundo trimestre confirmam isso”, completou.

A pesquisa revelou que, no segundo trimestre, o desemprego afetou mais mulheres e pessoas pretas e pardas. A taxa entre mulheres foi de 6,9%, enquanto a dos homens foi de 4,8%. Entre os brancos, a taxa foi de 4,8%, abaixo da de pretos (7%) e pardos (6,4%).

A taxa para pessoas com ensino médio incompleto foi de 9,4%, maior que a dos demais níveis de instrução analisados. Entre aqueles com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,9%, quase o dobro de quem tem nível superior completo (3,2%).

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