Foto: Gabriel Pinheiro/Ascom Secti
Estudante baiana utiliza resíduos de coco na produção de papel sustentável

Estudante baiana utiliza resíduos de coco na produção de papel sustentável

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Os resíduos sólidos são responsáveis por até 4% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, segundo a Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA). Entre eles, estão o papel e o coco verde, elementos que inspiraram a estudante Camille Santana, do Colégio Estadual da Bahia (Central), a desenvolver uma alternativa sustentável para o setor hoteleiro: o E-Papel, feito a partir da combinação desses materiais.

Orientada pelas professoras Fernanda Pereira e Valéria Danielly, Camille percebeu que o consumo elevado de coco verde em sua cidade, aliado ao impacto ambiental da produção industrial de papel, poderia se transformar em solução.

“Pensamos em uma alternativa de baixo custo e sustentável para aproveitar esses dois resíduos. A ideia é unir a economia circular, que reaproveita recursos, e a cultura oceânica, que busca proteger os mares dos impactos das ações humanas”, explica a jovem cientista.

Papel sustentável para hotéis

O projeto nasceu no Clube de Ciências Orbitz e foi alinhado ao curso técnico em Hospedagem que Camille realiza junto com o ensino médio. A proposta é que o papel reciclado seja usado em placas de “não perturbe”, sinalizações de serviços, registros de visitas e indicadores oferecidos em hotéis.

De acordo com a estudante, além da inovação ambiental, o material apresentou qualidade prática. “Ele imprime bem, dá para escrever tranquilamente, é macio, tem boa resistência e ótima gramatura. Fizemos cortes no tamanho A4 e funcionou perfeitamente”, conta.

Formação além da sala de aula

Para a professora Fernanda Pereira, o maior valor da iniciativa está em formar jovens conscientes. “O essencial é que os alunos reflitam e se tornem multiplicadores da economia circular, dentro e fora da escola. Que essa experiência contribua para uma formação humana, e não apenas técnica”, afirma.

Bahia Faz Ciência

O projeto integra o programa Bahia Faz Ciência, promovido pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). Desde 2019, a iniciativa divulga semanalmente reportagens sobre pesquisas e inovações desenvolvidas na Bahia, com foco em saúde, educação, segurança e sustentabilidade.

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