Foto: Divulgação/Sedec
Ministério fiscaliza Operação Carro-Pipa na Bahia

Ministério fiscaliza Operação Carro-Pipa na Bahia

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Técnicos da Defesa Civil Nacional estão na Bahia nesta semana para acompanhar a Operação Carro-Pipa (OCP) e o abastecimento de comunidades afetadas pela seca e pela estiagem. A visita segue até o próximo sábado, 30 de agosto, e inclui também a capacitação de agentes municipais de defesa civil, que passam a receber treinamento para solicitar o reconhecimento federal de situação de emergência e a inclusão de seus municípios na operação.

A OCP é coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) em parceria com o Exército Brasileiro, e tem caráter emergencial e humanitário, garantindo água potável a famílias do semiárido em períodos de crise hídrica.

Segundo o coordenador da operação, Flávio Golvêa, a Bahia é o único estado que recebeu duas visitas da equipe federal neste ano, a primeira delas em março. “A seca está muito severa e a demanda é grande para a Bahia.

Ao chegar aqui, identificamos que a maioria das cidades está com o reconhecimento federal vigente, mas ainda não solicitou a OCP. Portanto, percebemos que existe um problema de capacitação dos agentes para fazer essas solicitações”, explicou.

Capacitação em municípios baianos

Nesta etapa, a capacitação ocorre em quatro cidades: Brumado, Irecê, Senhor do Bonfim e Feira de Santana. Além das formações, os técnicos do MIDR têm visitado comunidades para fiscalizar caminhões-pipa, verificar a qualidade da água distribuída e avaliar as condições das cisternas utilizadas pela população.

“O nosso objetivo é fortalecer a atuação dos municípios e do estado, ao mesmo tempo em que monitoramos a execução da operação em outras localidades”, destacou Golvêa.

Como funciona a inclusão na Operação Carro-Pipa

Para que um município seja atendido pela OCP, ele precisa estar localizado no semiárido brasileiro e ter situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo Governo Federal.

Após essa etapa, a prefeitura ou o órgão municipal de defesa civil deve solicitar formalmente a inclusão na operação pelo Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), anexando os documentos exigidos pela legislação.

A análise inicial é feita pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), que geralmente responde em até dois dias úteis. Caso o pedido seja deferido, o Exército Brasileiro assume a logística da operação, o que pode levar entre 45 e 90 dias para ser implantado. O processo inclui vistoria em campo, definição de rotas, contratação de pipeiros e instalação de dispositivos de monitoramento antifraude, garantindo eficiência e transparência no abastecimento.

Continuidade da operação

Os municípios atendidos devem atualizar periodicamente o cadastro das famílias beneficiadas para garantir que a distribuição de água seja feita de forma justa e eficiente. Caso a seca persista após o término do reconhecimento federal, é necessário solicitar um novo pedido para manter a operação ativa. Nesses casos, a Sedec solicita ao Exército uma nova vistoria para avaliar a continuidade do atendimento.

A ação reforça a importância da OCP como medida essencial de enfrentamento à seca no semiárido baiano, especialmente em um ano marcado por estiagens severas que têm ampliado a necessidade de apoio federal.

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