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Caminho Verde Brasil restaurará 3 milhões de hectares de terras degradadas

Caminho Verde Brasil restaurará 3 milhões de hectares de terras degradadas

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Nesta segunda-feira, 8 de setembro, o Conselho Superior do Agronegócio (COSAG) se reuniu na sede da Fiesp, em São Paulo, para discutir avanços do setor e apresentar resultados de iniciativas voltadas à sustentabilidade.

Representando o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o assessor especial do ministro Carlos Fávaro, Carlos Augustin, detalhou os resultados do 2º leilão do Eco Invest Brasil, que destinou R$ 30,2 bilhões ao Programa Caminho Verde Brasil.

“O recurso do leilão vai custear a primeira fase do programa, em que serão recuperados de 1,4 a 3 milhões de hectares de terras degradadas. Para dar continuidade ao Caminho Verde Brasil, estamos buscando parcerias internacionais, incluindo a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), com quem estamos em fase final de negociação para trazer mais US$ 1 bilhão para o programa”, explicou Augustin.

O Caminho Verde Brasil tem como meta restaurar 40 milhões de hectares ao longo de dez anos, incentivando sistemas produtivos sustentáveis em todo o país. Segundo Augustin, os investimentos serão distribuídos entre os biomas: Cerrado (R$ 17,2 bilhões), Mata Atlântica (R$ 4 bilhões), Amazônia (R$ 3,5 bilhões), Caatinga (R$ 3 bilhões), Pampa (R$ 1,2 bilhão) e Pantanal (R$ 1,1 bilhão).

A alocação de recursos reflete o interesse maior em projetos voltados a culturas perenes (33%), como fruticultura e cana-de-açúcar, seguidos por sistemas integrados (29%), incluindo agroflorestas e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Projetos de lavouras anuais ou pecuária isolada representam 27% das propostas, enquanto atividades de floresta e restauração correspondem a 11%.

O programa também oferece crédito a produtores interessados, com taxas de juros abaixo do mercado, por meio de 10 bancos vencedores do leilão, incluindo Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco e Santander. Para aderir, os produtores devem comprometer-se a não desmatar novas áreas e realizar balanços anuais de carbono, entre outras condições.

O presidente do COSAG, Jacyr Costa, destacou a importância da iniciativa. “O Caminho Verde Brasil vai transformar terras que hoje agregam pouco valor em áreas produtivas voltadas para a agricultura sustentável. Isso beneficia o Brasil, os produtores, a população com maior oferta de alimentos e o mundo, promovendo segurança alimentar e preservação ambiental. É o agro do futuro.”

O secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, ressaltou que, desde o início da gestão do ministro Fávaro, foram abertos mais de 430 mercados e ampliados mais de 200, mantendo um ritmo de quase um mercado por dia nos últimos meses, fortalecendo as oportunidades para produtores e exportadores brasileiros.

O Programa Caminho Verde Brasil consolida o compromisso do país com a produção sustentável de alimentos e biocombustíveis, preservando matas nativas e reforçando o papel estratégico do Brasil na agenda global de desenvolvimento sustentável.

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