Foto: Tony Winston
Brasil produzirá vacina contra vírus sincicial respiratório

Brasil produzirá vacina contra vírus sincicial respiratório

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O Ministério da Saúde anunciou uma parceria de transferência de tecnologia entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer para a produção nacional da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Este vírus é uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês, incluindo bronquiolite.

De acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é que as primeiras 1,8 milhão de doses sejam entregues até o fim deste ano. Em fevereiro, a pasta já havia confirmado a incorporação do imunizante ao Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição da vacina na rede pública, para gestantes e bebês, deve começar na segunda quinzena de novembro.

Gestantes a partir da 28ª semana de gravidez devem ser imunizadas com dose única. A vacinação materna favorece a transferência de anticorpos para o bebê, contribuindo para a proteção nos primeiros meses de vida, período de maior vulnerabilidade ao VSR.

O vírus é responsável por 80% dos casos de bronquiolite e por 60% dos casos de pneumonias em crianças menores de 2 anos. A cada cinco crianças infectadas, uma precisa de atendimento ambulatorial e, em média, uma em cada 50 acaba hospitalizada no primeiro ano de vida.

Produção de medicamento para esclerose múltipla

O Brasil também passará a produzir o natalizumabe, medicamento biológico usado no tratamento da esclerose múltipla, por meio de parceria de desenvolvimento produtivo (PDP). A transferência de tecnologia será feita pela farmacêutica Sandoz para o Instituto Butantan.

O natalizumabe é indicado a pacientes com a forma remitente-recorrente de alta atividade, que corresponde a cerca de 85% dos casos, e que não responderam de forma adequada a outros tratamentos. O medicamento é ofertado no SUS desde 2020, mas atualmente há apenas um único fabricante com registro no país.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que compromete o sistema nervoso central e afeta principalmente adultos jovens, com idade entre 18 e 55 anos. É caracterizada pela desmielinização da bainha de mielina, que possibilita a condução de impulsos elétricos responsáveis pelo controle das funções do organismo.

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