Foto: Pref. de Vitória da Conquista
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Barrigudas apreendidas pela PRF em Vitória da Conquista foram retiradas em Guanambi

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As sete árvores conhecidas como barrigudas apreendidas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Vitória da Conquista foram retiradas em Guanambi e seriam transportadas sem documentação para uma propriedade em Dona Euzébia (MG).

A apreensão ocorreu no dia 29 de agosto, em Vitória da Conquista, durante fiscalização da PRF em Vitória da Conquista. Não foram divulgadas informações sobre o local exato do corte das árvores, que têm valor paisagístico, podendo chegar a R$ 18 mil cada unidade.

A cidade mineira é conhecida por abrigar vários viveiros de mudas e de plantas, tanto para produção de frutas, quanto para o paisagismo.

Nesta sexta-feira, 12 de setembro, uma equipe de cerca de 20 servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente realizou o transplantio das árvores no Parque Municipal Lagoa das Bateias.

Segundo o policial rodoviário federal Carlos Rodrigo, o veículo usado no transporte chamou a atenção pela condição inadequada de carga. “Durante a abordagem, solicitamos a documentação ao condutor, que não apresentou nenhum documento. Ele estava levando as árvores de Guanambi para Minas Gerais, para fins paisagísticos”, explicou. As barrigudas haviam sido apreendidas em 29 de agosto, durante fiscalização na BR-116.

De acordo com a Prefeitura de Vitória da Conquista, o Parque Lagoa das Bateias foi escolhido para receber os exemplares por reunir umidade, espaço e incidência de sol adequados. A operação utilizou três caminhões, incluindo um muck (veículo com braço hidráulico articulado) para içar e posicionar as árvores.

A barriguda (paineira-branca, do gênero Ceiba, família Malvaceae) é nativa do Nordeste e também chamada de “baobá brasileiro”, destacando-se pelo tronco dilatado e pela floração. A secretária municipal de Meio Ambiente, Ana Cláudia Passos, enfatizou a relevância do replantio.

“Infelizmente, nos últimos 100 anos, houve muito desmatamento e não encontramos essas árvores com facilidade em nossa região. Elas desempenham um papel fundamental no bioma, e precisam de sol e de um solo drenável para prosperar”, afirmou.

Ela explicou que a espécie armazena água no tronco, o que favorece a resistência à seca. “Estamos realizando uma adubação reforçada para ajudar no enraizamento. Temos experiência com o transplante de barrigudas, e já temos uma que foi transplantada há oito anos no nosso centro florestal, que está belíssima”, completou.

A secretária também alertou para o valor de mercado e o risco de tráfico da espécie. “Elas são muito valiosas, mas retirá-las do solo para comercialização é crime ambiental gravíssimo, inafiançável”, conta.

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