Sessenta anos após a missão Mariner 4, a expedição do rover Perseverance em Marte é considerada promissora pela comunidade científica na busca por vida fora da Terra. De acordo com a Agência Brasil, a Nasa anunciou possíveis indícios de bioassinatura em uma rocha na cratera de Jezero, Marte. A rocha, chamada Chevaya Falls, contém minerais e material orgânico que podem indicar vida antiga.
Os cientistas explicam que a descoberta pode ser um microfóssil, resultado do metabolismo microbiano. No entanto, os achados não são conclusivos, pois também podem ser explicados por processos químicos não biológicos. A astrônoma brasileira Rosaly Lopes, da Nasa, afirma que resultados conclusivos dependem de análises em laboratórios terrestres.
O administrador interino da Nasa , Sean Duffy, destacou que trazer a amostra para a Terra depende de orçamento, tempo e tecnologia. Enquanto isso, a Nasa continua na corrida espacial, competindo com China, Índia e Rússia para desvendar a questão da existência de vida no universo.
Em entrevista à TV Brasil, Rosaly Lopes discutiu futuras missões espaciais e a busca por vida no Sistema Solar. Ela destacou que, embora os sinais encontrados em Marte possam ser abióticos, a publicação na revista Nature valida a qualidade das análises. Lopes enfatizou a importância de trazer amostras para a Terra para análises mais detalhadas.
Sobre a missão Dragonfly, que investigará Titã, lua de Saturno, Lopes informou que a missão está prevista para 2028 ou 2029, dependendo de orçamento. O objetivo é procurar sinais de vida e estudar a geologia de Titã.
A missão Psyche, lançada em 2023, visa investigar um asteroide rico em metais. Lopes comentou sobre o interesse em objetos interestelares, como o 3I/Atlas, que podem fornecer informações sobre cometas de outros sistemas solares.
A missão Artemis, que inclui a astronauta Cristina Koch, visa sobrevoar a Lua em 2026. Lopes destacou a importância da representatividade feminina nas ciências espaciais, inspirando mais mulheres a seguirem carreiras na área.
Por fim, Lopes comentou sobre o supertelescópio James Webb, lançado em 2021, que tem revelado imagens inéditas do universo. Ela destacou o sucesso da missão, apesar dos altos custos, e a importância dos avanços científicos proporcionados.