A pecuária da Bahia alcançou um marco histórico em 2024, registrando os maiores números dos últimos 50 anos na criação de gado bovino e na produção de ovos. Segundo o levantamento, o rebanho bovino baiano atingiu 13,7 milhões de cabeças, enquanto a produção de ovos de galinha somou 127,7 milhões de dúzias — ambos os maiores volumes registrados no estado nas últimas cinco décadas.
Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), foram apresentados a representantes de órgãos e instituições do agronegócio baiano nesta segunda-feira, 22 de setembro.
O estudo do IBGE aponta que, pelo quarto ano consecutivo, a Bahia registrou crescimento na bovinocultura, com aumento de 3,5% em relação a 2023. O estado teve o segundo maior crescimento absoluto do país, com acréscimo de 455,8 mil cabeças no rebanho. Atualmente, a Bahia ocupa a 7ª posição no ranking nacional de criação de bovinos, com participação de 5,7% no rebanho brasileiro.
Entre os municípios, Santa Rita de Cássia lidera a criação de gado no estado, com 202,8 mil cabeças, seguido por Itamaraju (183,3 mil) e Itanhém (183 mil).
Na avicultura, a produção de ovos cresceu pelo quinto ano consecutivo, com avanço de 4,2% em relação a 2023 — o que representa um acréscimo de 5,2 milhões de dúzias. Eunápolis lidera a produção estadual, com 27 milhões de dúzias e crescimento de 11,5% no ano. Na sequência, aparecem Barreiras (13,8 milhões) e Entre Rios (8,6 milhões de dúzias).
A pecuária representa atualmente entre 25% e 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano. O setor agropecuário como um todo responde por mais da metade dos 8 bilhões de dólares exportados anualmente pela Bahia, sendo fundamental para a geração de emprego e renda no estado.