O Ministério da Saúde divulgou uma nota oficial nesta terça-feira (23) para esclarecer que o paracetamol, um medicamento com propriedades analgésicas e antipiréticas, é seguro e eficaz, não havendo relação com o autismo. A declaração foi emitida após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter feito uma correlação entre o uso do medicamento e o autismo, sem apresentar evidências.
De acordo com a Agência Brasil, a desinformação propagada por Trump foi refutada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por agências de saúde da União Europeia e do Reino Unido. O Ministério da Saúde destacou que “a saúde não pode ser alvo de atos irresponsáveis” e que a disseminação de informações incorretas por líderes políticos pode ter consequências graves para a saúde pública.
“O anúncio de que o autismo é causado pelo uso de paracetamol na gestação pode causar pânico e prejuízo para a saúde de mães e filhos, inclusive com a recusa de tratamento em casos de febre e dor, além do desrespeito às pessoas que vivem com Transtorno do Espectro Autista e suas famílias”, afirmou o Ministério da Saúde em nota.
De acordo com o Ministério da Saúde, “o transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades”.
A pasta também ressaltou que está empenhada em reverter os danos causados pelo negacionismo no Brasil, que afetou a adesão da população às vacinas, em um país que já foi referência mundial no tema.