Foto: Reprodução | Fernando Frazão - Agência Brasil
BNDES e Finep lançaram edital de R$ 3 bilhões para atrair centros de PD&I ao Brasil

BNDES destina R$ 43 milhões para a preservação de ilhas oceânicas

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta segunda-feira, 2 de junho, um investimento de R$ 40 milhões para a preservação da biodiversidade em ilhas oceânicas do Brasil.

Esta ação faz parte do projeto BNDES Azul, que busca proteger habitats reprodutivos de aves marinhas e migratórias. De acordo com a Agência Brasil, a linha de crédito BNDES Biodiversidade – Ilhas do Futuro, Ninhos Protegidos, selecionará iniciativas que visem restaurar e proteger esses habitats.

Segundo Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES, um dos objetivos do projeto é combater espécies invasoras de roedores que ameaçam os ninhos das aves nas ilhas.

“O Brasil tem um conjunto de ilhas que são patrimônio nosso natural e que por um conjunto de fatores hoje estão sob risco e ameaça. Algumas das espécies de aves que vivem nessas ilhas são vulneráveis e hoje estão em risco”, afirmou Campello.

Para participar do edital, instituições sem fins lucrativos podem inscrever projetos com valor mínimo de R$ 5 milhões. O BNDES poderá financiar até 50% de cada proposta aprovada.

Além disso, o banco ampliou a linha de crédito BNDES Corais em R$ 43 milhões, voltada para a recuperação de recifes em diversas regiões do país. Entre as instituições já selecionadas estão WWF, Funbio, Fundação José Bonifácio, RedeMar, Projeto de Conservação Recifal e AEPTEC-BA.

Mapeamento e planejamento espacial marítimo

O BNDES também assinou um contrato de R$ 12 milhões para estudos do Planejamento Espacial Marítimo (PEM) da costa sudeste, abrangendo São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

A proposta dos PEM é mapear todo o litoral brasileiro, compromisso assumido pelo Brasil na Conferência da ONU para os Oceanos em 2017. A meta é concluir o mapeamento em todas as regiões até 2030, consolidando o PEM como política pública nacional.

“Os países têm obrigação de mapear e fazer esse planejamento do território. Para entender o que você tem nesse território marinho, fazer todo esse processo de mapeamento com investigação e com base na ciência para identificar o que que você tem de riqueza, quais são os minerais, quais são os potenciais que esses territórios têm e quais são os riscos que eles correm”, explicou Tereza Campello.

Os PEM do Sul e do Nordeste já estão em andamento, abrangendo os litorais dos estados dessas regiões e ilhas como Fernando de Noronha. Nesta segunda-feira, o BNDES também anunciou o consórcio responsável pelo PEM da costa norte, que vai do Maranhão ao Amapá, região com potencial para produção petrolífera, mas que também levanta preocupações ambientais.

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