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Jardim Etnobotânico com temática africana foi inaugurado em Salvador

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No Dia Mundial do Meio Ambiente, a Prefeitura de Salvador inaugurou o Jardim Etnobotânico, um novo espaço no Jardim Botânico de Salvador, localizado em São Marcos. O prefeito Bruno Reis entregou a área, que possui aproximadamente 800 metros de trilha ecológica e reúne espécies vegetais associadas a divindades das religiões de matriz africana.

De acordo com a Secom PMS, o percurso conta com 14 espaços temáticos que fornecem informações botânicas e culturais sobre cada planta, promovendo o conhecimento da biodiversidade local e a conexão com a ancestralidade afro-brasileira. Entre as espécies cultivadas estão pimenta-malagueta, caruru, guiné, arruda, camará e guaimbê. O conteúdo informativo foi desenvolvido em parceria pelas secretarias de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis) e da Reparação (Semur).

O prefeito destacou a importância do espaço: “Além da preocupação com a questão ambiental, com essa trilha, a gente concilia as nossas tradições culturais e religiosas. Já havíamos inaugurado este parque no passado. Aqui possui diversas espécies e conteúdo para quem quer estudar, para quem quer pesquisar. Mas também é um ponto turístico que proporciona o conhecimento de nossas tradições, sejam elas religiosas ou culturais, assim como também da história da nossa Mata Atlântica”.

Espaços Temáticos e Educação Ambiental

Entre os espaços temáticos, destaca-se o “Curso das Águas-Mães”, que faz referência às divindades Osun, Ndandalunda, Togbosi, Iyemonja, Kayala e Azlí Kayá, representando a força e a fluidez feminina. Outro espaço, “Anciã do Saber Atemporal”, retrata as divindades Nanã, Nzumba e Nã Buku, e é descrito como um local para refletir sobre o saber tradicional.

Para a titular da Semur, Isaura Genoveva, o Jardim Etnobotânico desempenha um papel estratégico ao aliar educação ambiental ao saber cultural ligado à ancestralidade. “É importante para Salvador e para as comunidades de matriz africana também terem este jardim, porque o povo de santo é considerado ambientalista. A gente acredita numa fé pautada na existência da natureza. Sem natureza, sem folha, não tem orixá”, afirmou.

O secretário da Secis, Ivan Euler, informou que a trilha já está aberta à visitação, com o objetivo de atrair moradores e turistas interessados na flora local e nas raízes religiosas e culturais da capital baiana. “Durante toda a trilha, os visitantes poderão conhecer um pouco da religião, da nossa cultura aqui de Salvador, tanto com as informações dos orixás quanto também das espécies da botânica ligadas à matriz africana”, disse.

A Yalorixá do Ilê Axé Ewê, Agbá Do Ti Ossain, celebrou a iniciativa do município em criar um espaço dedicado à herança afro. Ela percorreu a trilha e conheceu o herbário sagrado, expressando gratidão pela criação do espaço.

O Jardim Botânico de Salvador, com entrada gratuita, está aberto ao público de terça a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 14h. As visitas guiadas são oferecidas nas terças, quartas e quintas-feiras, tanto pela manhã quanto pela tarde. Para agendamento, os interessados podem entrar em contato pelos telefones (71) 3202-5667 e 3202-5666 ou pelo e-mail jardim.botanico@salvador.ba.gov.br.

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