Um avião de pequeno porte pousou, por volta das 14h desta sexta-feira, 4 de julho, na pista do antigo Aeroporto Pedro Otacílio de Figueiredo, desativado desde 2019, em Vitória da Conquista.
A aeronave Cirrus SR22 G2, prefixo PR-EMC, havia decolado de Luís Eduardo Magalhães com destino a Ilhéus, pousando e decolado em Guanambi para reabastecimento. No entanto, diante do mau tempo, o piloto alterou a rota e solicitou pouso em Vitória da Conquista.
De acordo com Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), sistema da Agência Nacional de Aviação Civl, o avião é de uso particular, sem autorização para taxi aéreo, ou seja, só pode voar a serviço do proprietário.
Segundo reportagem da TV Sudoeste, o comandante da aeronave disse que o GPS indicou a pista do aeroporto desativado. No procedimento de pouso, a parte frontal da aeronave e o trem de pouso se romperam, deixando estilhaços espalhados na pista. Estavam a bordo cinco pessoas — o piloto, três adultos e uma criança — todas sem ferimentos.
A concessionária que administra o Aeroporto Glauber Rocha informou ter mantido contato por rádio com o piloto após o pedido de pouso. Equipes do Corpo de Bombeiros deslocaram uma viatura de combate a incêndio para o local, enquanto a Polícia Militar isolou a área.
Ainda de acordo com a reportagem, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado e deve abrir procedimento para apurar as causas do ocorrido.
Caso semelhante em 2024
Em 19 de março de 2024, outro avião de pequeno porte — um Embraer 711C, matrícula PT-NKQ — também pousou por engano na mesma pista desativada. A aeronave, que seguia de Feira de Santana para Vitória da Conquista, perdeu o trem de pouso ao tocar em uma área irregular do asfalto. Ninguém se feriu, mas o incidente mobilizou Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Samu.
O Cenipa ainda não divulgou o relatório definitivo do incidente. De acordo com o relatório preliminar, as fases de coleta de dados e análises foram concluídas e a investigação encontra-se em revisão e preparação do relatório final para publicação.
Fechado em 2019, o antigo aeroporto recebeu marcações em “X” que sinalizam a suspensão de operações. A área de cerca de 100 hectares pertence à União e foi incluída, em 2024, no programa Imóvel da Gente, que prevê futuros empreendimentos de uso múltiplo. Atualmente, o local também serve para treinamentos do Corpo de Bombeiros.