A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 7 de agosto, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/BA), a Operação Segunda Camada, que visa combater fraudes praticadas contra a Caixa Econômica Federal e outras instituições financeiras.
A ação é um desdobramento da Operação Fake Front, realizada em maio deste ano, que já havia revelado um esquema criminoso voltado à obtenção de empréstimos fraudulentos por meio da abertura de contas bancárias com documentos falsos.
Na primeira fase das investigações, foi identificado um grupo responsável pela abertura de 21 contas em agências da Caixa Econômica Federal nas cidades de Feira de Santana, na Bahia, e Brasília, no Distrito Federal. Essas contas eram abertas exclusivamente com o intuito de contratar empréstimos fraudulentos, o que gerou um prejuízo superior a R$ 1 milhão às instituições envolvidas.
Com a análise do material apreendido durante a primeira fase da operação, a Polícia Federal identificou uma nova camada de participação criminosa, que funcionava como uma estrutura de apoio ao núcleo principal do esquema.
Essa “segunda camada” envolvia a atuação de um policial civil e de pessoas que atuavam cooptando gerentes de instituições bancárias. Esses gerentes, em troca de vantagens indevidas, repassavam informações sigilosas e facilitavam a concretização das fraudes bancárias.
Durante a ação desta quinta-feira, foram cumpridos mandados judiciais na cidade de Feira de Santana, incluindo mandados de busca e apreensão, mandados de prisão preventiva e a suspensão do exercício da função pública de um gerente bancário, além do bloqueio de valores em contas dos investigados. Todas as medidas foram autorizadas pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária de Feira de Santana. A operação também contou com o acompanhamento da Corregedoria da Polícia Civil da Bahia.
Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa e estelionato. A Polícia Federal ressalta que as investigações seguem em andamento e que o trabalho conjunto com os órgãos de controle busca reforçar o combate à corrupção, ao uso indevido de cargos públicos e à atuação de organizações criminosas no sistema financeiro.