Foto: Ricardo Peng/ICMBio
Micos-leões-dourados resgatados retornam à natureza

Micos-leões-dourados resgatados retornam à natureza

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Nesta sexta-feira, 8 de agosto, quatro micos-leões-dourados (Leontopithecus rosalia) apreendidos pelo governo brasileiro em casos de tráfico internacional foram reintroduzidos na natureza. A soltura ocorreu em uma área preservada de Mata Atlântica no município de Macaé (RJ), em local mantido em sigilo por questões de segurança.

A espécie, endêmica da Mata Atlântica fluminense, já esteve à beira da extinção, com apenas cerca de 200 indivíduos na década de 1980. Hoje, graças a mais de 40 anos de esforços de conservação, a população silvestre soma aproximadamente 4.800 animais.

Cerca de 150 zoológicos no Brasil e no exterior colaboram para manter uma população de segurança, garantindo a diversidade genética e apoiando programas de reintrodução.

Apesar da redução do tráfico nas últimas décadas, casos recentes reacenderam o alerta. Em agosto de 2023, sete micos foram resgatados no Suriname e repatriados pelo Brasil. Em fevereiro de 2024, outro episódio envolveu 20 animais transportados de forma precária em um veleiro até o Togo, na África Ocidental; três morreram e 17 foram resgatados.

Os quatro micos soltos nesta semana, dois casais, passaram por quarentena no Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, onde receberam cuidados veterinários. O monitoramento agora acompanhará a adaptação dos animais ao ambiente natural.

A ação integra o Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Primatas da Mata Atlântica e das Preguiças-de-coleira (PAN), coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A operação contou com a participação de diversas instituições, entre elas a Polícia Federal, Ibama, Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Relações Exteriores, Associação Mico-Leão-Dourado, prefeituras e organizações ambientais nacionais e internacionais.

O secretário municipal de Meio Ambiente de Macaé ressaltou que a soltura representa “uma vitória coletiva contra o tráfico de fauna e pela preservação da biodiversidade da Mata Atlântica”.

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