As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 15,6 bilhões em julho, o maior valor já registrado para o mês na série histórica. O resultado representa alta de 1,5% em relação a julho de 2024, com incremento de US$ 225 milhões, impulsionado tanto pelo aumento no volume embarcado quanto pela elevação de preços.
Entre os destaques do período está o café, que registrou crescimento de 25,3% no valor exportado. O setor também comemora a habilitação de 32 novas empresas brasileiras para vender café à China, totalizando 452 estabelecimentos autorizados.
Outros produtos que se destacaram em julho incluem suco de maçã (+623%), fumo (+91,5%), bananas (+79%), ovos e gemas (+62%), couros e peles (+57%), frutas (+37,3%) e carnes (+16,7%), com atenção especial à carne bovina.
Produtos de menor participação histórica, como corvina (+161%), uvas frescas (+89,4%), castanha de caju (+88%), óleos vegetais (+87%) e mel (+37%), também registraram forte crescimento, resultado do trabalho de adidos agrícolas e da ferramenta AgroInsight para identificação de oportunidades no exterior.
A China se manteve como principal destino das exportações brasileiras, com US$ 5,62 bilhões em compras, seguida pela União Europeia (US$ 2,36 bilhões; +16,4%). Entre os mercados que mais cresceram estão México (+23%), Arábia Saudita (+28,8%) e Tailândia (+18%), além de avanços em Marrocos, Bangladesh e Taiwan.
No acumulado de janeiro a julho, as exportações do agronegócio somaram US$ 97,5 bilhões, mantendo-se estáveis em relação ao mesmo período do ano passado. Os produtos fora do núcleo tradicional da pauta cresceram 21% em valor. Desde o início da atual gestão, foram abertos 399 novos mercados e realizadas mais de 200 ampliações de acesso, sendo 13 delas em julho.
Mesmo diante de um cenário internacional incerto, o Brasil mantém o ritmo de crescimento e consolida sua posição como fornecedor confiável. A estratégia de abertura, ampliação e diversificação de mercados, aliada ao diálogo permanente com parceiros comerciais, sustenta a competitividade do setor. Mesmo com a queda nas cotações de soja em grão, açúcar, celulose e algodão, o agronegócio brasileiro mantém receitas cambiais importantes.
O país reforça assim seu papel na promoção da segurança alimentar global, oferecendo produtos com regularidade de oferta, sanidade, qualidade reconhecida e compromisso com a sustentabilidade.