A chuva de meteoros Perseidas alcançou seu ponto máximo na madrugada de terça-feira, 12 de agosto, confirmando as previsões de astrônomos. O fenômeno, um dos mais populares do calendário astronômico, foi melhor observado no Hemisfério Norte, enquanto no Brasil as condições de visibilidade foram reduzidas devido ao brilho intenso da Lua.
Segundo o astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional (ON/MCTI), a taxa zenital horária (TMZ) da chuva atingiu cerca de 100 meteoros por hora no Hemisfério Norte. No Hemisfério Sul, porém, as taxas permaneceram muito baixas.
A TMZ é uma medida que indica quantos meteoros podem ser vistos por hora em condições ideais — céu escuro, radiante no zênite e ausência de obstáculos visuais. No caso das Perseidas, apenas os meteoros mais brilhantes foram observados no Brasil durante o pico da atividade.
Origem das Perseidas
O fenômeno ocorre anualmente entre 17 de julho e 23 de agosto, resultado da passagem da Terra por regiões do espaço repletas de detritos deixados pelo cometa Swift-Tuttle.
O corpo celeste foi descoberto em 1862 pelos astrônomos Lewis Swift e Horace Tuttle, e passou pela última vez nas proximidades da Terra em 1992. A próxima aproximação está prevista para 2126, quando poderá ser visível a olho nu.
O radiante das Perseidas localiza-se na constelação de Perseu, que dá nome à chuva, embora não seja a origem dos meteoros.
Fenômeno astronômico
As chuvas de meteoros acontecem quando a Terra cruza zonas de poeira e fragmentos espaciais deixados por cometas ou asteroides. Esses fragmentos, chamados meteoroides, ao entrarem na atmosfera terrestre em alta velocidade, queimam devido ao atrito com o ar, formando os rastros luminosos popularmente conhecidos como “estrelas cadentes”.
Do ponto de vista científico, além do espetáculo visual, as chuvas de meteoros fornecem dados importantes sobre a composição dos cometas e ajudam a estimar a quantidade de detritos que atingem a Terra. Essas informações podem ser úteis para o planejamento de missões espaciais e proteção de satélites.