Os Eixos Norte e Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) estão totalmente operacionais e asseguram o abastecimento de água a mais de 12 milhões de pessoas em centenas de municípios do Semiárido.
O programa é coordenado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH).
Com 260 quilômetros de extensão, o Eixo Norte capta água em Cabrobó (PE), segue até o Ceará e chega à Paraíba, no reservatório Engenheiro Avidos. O sistema atende 237 municípios, alcançando cerca de 8,1 milhões de pessoas.
Para ampliar a cobertura, o MIDR firmou contrato para duplicar a capacidade de bombeamento de 24 m³/s para aproximadamente 49 m³/s. “A duplicação da capacidade de bombeamento do Eixo Norte demonstra o compromisso do Governo Federal em ampliar a oferta de água e garantir que nenhum município do semiárido fique sem abastecimento”, reforça o secretário da SNSH, Giuseppe Vieira.
Já o Eixo Leste, com 217 quilômetros de extensão, leva água do reservatório de Itaparica (PE) até o rio Paraíba, em Monteiro (PB). O sistema beneficia 161 municípios, somando 3,9 milhões de pessoas, e possui capacidade projetada para bombear 27 m³/s, já em plena operação.
De acordo com o MIDR, Juntos, os dois eixos representam um marco de infraestrutura hídrica no país. Além do abastecimento humano, os sistemas apoiam irrigação, agricultura familiar, piscicultura e dessedentação animal.
“Os Eixos Norte e Leste do Projeto São Francisco são mais do que obras de engenharia: eles representam dignidade, cidadania e qualidade de vida para mais de 12 milhões de nordestinos que hoje têm a segurança de abrir a torneira e encontrar água”, afirma Giuseppe.
O que é o PISF
Com 477 km somados em dois eixos (Leste e Norte), o PISF é reconhecido como a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil. Iniciado em 2007, o empreendimento assegura água para 12 milhões de pessoas em 390 municípios de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, e se conecta a adutoras, canais e sistemas estaduais que expandem o alcance para comunidades rurais e centros urbanos.
O projeto é apontado como uma transformação estrutural para o Semiárido, ao oferecer previsibilidade no abastecimento e oportunidades de desenvolvimento regional.