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Estudantes brasileiros se destacam na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica 2025

Estudantes brasileiros se destacam na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica 2025

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O Brasil alcançou um resultado inédito na 17ª edição da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (Olaa), realizada entre os dias 1º e 7 de setembro no Rio de Janeiro e em Barra do Piraí (RJ).

A delegação brasileira, composta por dez estudantes de diferentes regiões do País, conquistou nove medalhas de ouro e uma de prata, consolidando-se como destaque entre os 74 jovens de 14 países que participaram da competição.

As provas envolveram desafios teóricos, práticos e observacionais, incluindo atividades em planetário, uso de lunetas e telescópios, além de construção e lançamento de foguetes de garrafa PET.

As delegações também visitaram o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), em Itajubá (MG), onde conheceram a infraestrutura científica voltada à observação do universo.

A equipe brasileira obteve prêmios coletivos e individuais, com destaque para a melhor prova teórica e melhor prova de foguetes em grupo, além de melhor prova observacional e melhor prova teórica individual.

Os medalhistas de ouro foram Felipe Maia Silva (Fortaleza, CE), Filipe Ya Hu Dai Lima (Fortaleza, CE), Lucas Praça Oliveira (Fortaleza, CE), Isabela Xavier de Miranda (Rio de Janeiro, RJ), Luís Fernando de Oliveira Souza (Cassilândia, MS), Eyke Cardoso de Souza Torres (Ourilândia do Norte, PA), Guilherme Waiandt Moraes (Fortaleza, CE), Gustavo Globig Farina (Fortaleza, CE) e Larissa França Souza (Goiânia, GO). A medalha de prata ficou com João Victor Evers Cordeiro (Fortaleza, CE).

Os estudantes foram selecionados a partir do desempenho na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) de 2024, que mobilizou mais de 1,5 milhão de participantes.

O coordenador da competição, João Batista Garcia Canalle, destacou a importância da olimpíada como instrumento de popularização da ciência e de estímulo a novos talentos. Criada em 1998 pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), a OBA serve como etapa preparatória para competições internacionais como a Olaa.

Segundo o presidente da SAB, Hélio Jaques Rocha Pinto, a conquista reforça a relevância da astronomia como motivadora para a juventude e como meio de valorização do conhecimento científico.

Ele lembrou que os treinamentos dos selecionados contam com a participação de professores e universitários, o que garante a preparação adequada dos representantes brasileiros.

O resultado expressivo também reflete o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que atuam no fomento às olimpíadas científicas no Brasil.

Para o coordenador do CNPq, Guilhermo Vilas Boas, as medalhas conquistadas demonstram o impacto de políticas públicas de incentivo à educação científica. Já a diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI, Juana Nunes, destacou o investimento do ministério em feiras e olimpíadas, incluindo edital de R$ 40 milhões lançado em 2024.

De acordo com os organizadores, o desempenho brasileiro na Olaa 2025 evidencia não apenas o talento individual dos estudantes, mas também o fortalecimento de iniciativas de base que estimulam jovens em todo o território nacional a seguir carreiras científicas.

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