O deputado Nelson Meurer (PP-PR) será o primeiro réu da Operação Lava Jato a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento ocorre na tarde desta terça-feira (15) na Segunda Turma do STF. O deputado e os filhos dele, Nelson Meurer Júnior e Cristiano Augusto Meurer, respondem a ação penal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia da Procuradoria Geral da República, aceita em junho de 2016, Nelson Meurer teria recebido mais de R$ 357 milhões no esquema de desvio de dinheiro envolvendo a Diretoria de Abastecimento da Petrobras entre os anos de 2004 e 2012. Nesta época, Meurer integrava a direção do Partido Progressista.
A acusação tem base na delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que teria sido indicado para o cargo pelo Partido Progressista.
A defesa do deputado pediu que o julgamento fosse adiado porque o ministro Dias Toffoli não vai participar da sessão desta terça-feira, o que, segundo os advogados, poderia prejudicar o réu. A PGR se manifestou contra o adiamento e alertou para o risco da ação penal prescrever, ou seja, perder a validade, o que pode ocorrer no dia 21 de junho.
Em abril, a Procuradoria Geral da República já tinha solicitado ao STF que desse prioridade para esta ação penal. Como o deputado tem mais de 70 anos, o prazo para que o crime prescreva é menor.
Outro lado:
Em suas alegações finais, a defesa de Meurer afirmou que o Ministério Público Federal (MPF) não conseguiu comprovar a denúncia contra o deputado, ficando a imputação dos crimes baseada somente nas palavras do colaborador, o que, para defesa, é insuficiente para a condenação.
Samanta do Carmo da Agência Rádio Nacional