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Olá, caro amigo.
Estamos aqui em mais uma segunda-feira para trazer para você as dicas mais Bakanas para descomplicar o seu Português. Aproximamo-nos dos concursos e provas e, nada mais justo, que ajudarmos você a se sair bem nelas. Afinal, só o CUIDADO COM A LÍNGUA oferece a você a oportunidade de se especializar e preparar para o futuro sendo fera em nossa língua.
A dúvida de hoje foi sugerida pela ouvinte Selma, lá de Mutans. Apesar de ter sido ela a enviar essa questão, acredito que esta seja uma dúvida comum a muitos dos ouvintes que estão em nossa escuta. Por isso, prestem atenção na dica de hoje e nunca mais se esqueça de quando usar corretamente os tais dos “porquês”.
A língua portuguesa é repleta de palavras que muitas vezes fazem com que o falante fique em situação difícil. Uma das dúvidas mais frequentes é em relação ao uso dos porquês. São tantas possibilidades, que muitos não sabem por qual caminho seguir. Então, vamos lá, porque aprender nunca é demais!
Sempre que houver a necessidade de usar o porquê, a primeira preocupação deve ser em descobrir que função será exercida por ele. A partir disso, as regras devem ser lembradas. Acompanhe-as:
- O porquê interrogativo, aquele grafado separado e sem acento, deve ser usado no início de perguntas quando puder ser substituído pela expressão “por qual razão” ou no meio das frases quando puder substitui-lo pela expressão “para que” ou “pelo qual”. Vejamos os exemplos:
– Por que não fez a tarefa? Ou seja, por qual razão não fez a tarefa?
– Estudamos por que um dia o futuro será melhor. Ou, estudamos para que um dia o futuro seja melhor.
– Ou ainda A vitória por que lutamos chegará, que quer dizer, a vitória pela qual lutamos chegará.
Esse porquê aparece também na linda canção do Lenini.
(Por que não eu? – Lenini)
- O porquê explicativo ou causal, popularmente conhecido como o porquê de resposta, deve ser escrito todo junto e sem acento. Nesse caso, indicará uma explicação, equivalendo à conjunção “pois”; ou uma causa, representando a conjunção “como”. Veja o exemplo: “A situação se agravou, porque o custo de vida aumentou.”
Esse aparece evidenciado na canção “Porque eu sei que é amor” do grupo Titãs.
(Porque eu sei que é amor – Titãs)
- Quando o porquê exercer função de substantivo, indicando o motivo, deve ser escrito junto e deve ser acentuado. Para saber quando utilizá-lo, basta prestar atenção aos seus acompanhantes, se for artigo ou pronome, então, pode acentuá-lo. Exemplo: Se ele fez isso, deve ter um porquê. Gostaria de entender o porquê eu tenho que ir. Nos dois casos, pode-se substituir o porquê pelo motivo.
- Já o porquê escrito separadamente e acentuado, deve vir sempre no final das frases, antes de um ponto; seja ele final, interrogativo ou exclamativo. Nesse caso, manterá também o sentido de “por qual razão”, “por qual motivo”. Exemplo: Vocês não comeram tudo. Por quê? Andar cinco quilômetros, por quê?
Esse porquê foi bem cantando pela dupla Jorge e Mateus.
(Por quê? – Jorge e Mateus)
Escrever corretamente não é fácil ainda mais quando o assunto é o uso dos porquês. Mas com as dicas de hoje não há mais como errar.
Resumindo:
Porque (junto sem acento) – usado para frases afirmativas (explicativas ou causais);
Por que (separado sem acento) – em frases interrogativas ou quando pode ser substituído por “pelo qual” e suas variações;
Por quê (separado e com acento) – no final de frase interrogativa.
Porquê (junto e com acento) – quando for uma palavra substantivada.
Viram como é fácil aprender?
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Toda segunda-feira, dentro do mix 96, Cuidado com a Língua, comigo, Fernanda Araújo.