O destino dos 1758 trabalhadores da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) pode ser definido nesta quarta-feira (8) em uma audiência na 13ª Vara do Trabalho de Salvador, conduzida pelo juiz Juarez Dourado Wanderley. A empresa, segundo o governo estadual, deverá ser extinta. O processo contra a EBDA foi movido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para que o Estado seja obrigado a negociar condições especiais para realizar a demissão em massa. A decisão terá impacto sobre futuro de funcionários de carreira, ocupantes de cargos comissionados, trabalhadores contratados através do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) e terceirizados. A procuradora do Trabalho, Andréa Tannus Freitas, autora da ação, afirma que acredita na “sensibilidade do Judiciário para compreender que se trata de uma demissão em massa que requer de quem está demitindo medidas para atenuar os efeitos sociais decorrentes da decisão da empresa”. Uma reunião entre o Sintagri, sindicato que representa os funcionários da EBDA, realizada na tarde desta terça-feira (7), na sede do MPT, no Corredor da Vitória, estabeleceu os pontos que os trabalhadores levarão para o governo caso a Justiça acate o pedido de liminar. O governo não quis negociar a questão extrajudicialmente. Os trabalhadores realizam assembleia na sede da empresa pela manhã e prometem se concentrar em frente ao prédio do Tribunal Regional do Trabalho, no Comércio. Muitos dos funcionários efetivos já estão próximos de se aposentar.Além da extinção da EBDA, o governo baiano já declarou que pretende também extinguir a Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), detentora da rede Cesta do Povo, e a Bahiatursa. Em ambos os casos, o MPT tenta, junto ao estado que o processo de demissões seja pautado por um processo de negociação prévio.
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