Uma fazenda do município de Araçás, no nordeste da Bahia, é especilizada em uma raça de galos e galinhas cuja dúzia de ovos pode custar R$ 130. É a raça “Índio Gigante”, que pode atingir a altura de 1,2 metro. Um galo comum mede entre 60 e 80 centímetros. O gestor da Fazenda Riacho Claro, Élio Borges, diz que a criação da espécie é um ótimo negócio. Além do valor da dúzia dos ovos ser alto, um pintinho chega a custar R$ 50, enquanto a ave adulta reprodutora é vendida por preços que variam de R$ 500 a R$ 5 mil. “A rentabilidade é muito boa. Uma galinha Índio Gigante tem uma rentabilidade financeira anual equivalente a de uma vaca”, afirma o criador, que fornece matrizes e aves para estados como Amazonas, São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
O maior galo do criador é Lampião, que mede 1,15 metro. Na fazenda de Élio, cada galo convive em um espaço com cinco galinhas. Uma das “esposas” de Lampião, Maria Bonita, tem 96 cm de altura e pesa quase 6 quilos. O criador conta que, apesar de surgir do cruzamento da caipira comum com espécies como shamo, malaio e combatente (uma raça agressiva), os índios gigantes são bastantes dóceis e podem conviver com outros galos. Para garantir essa produtividade, os animais na Fazenda Riacho Claro são criados com tornozeleiras e argolas, para possibilitar o seu rastreio. As aves têm o acompanhamento de veterinários e passam por exames laboratoriais de 6 em 6 meses. Além do tamanho e produtividade, os brilhos e estampado das penas diferenciam os índios gigantes das raças comuns. Elas são trocadas uma vez por ano, quando a ave passa de dois a três meses fazendo a renovação. As penas caem para que as novas aparecem.
G1 BA