Tiago Marques | Redação 96FM
A Justiça Eleitoral de Guanambi diplomou nesta terça-feira (22) os eleitos nas eleições 2016. Prefeito, vice-prefeito e os quinze vereadores já estão aptos para assumir seus cargos no dia 1º de Janeiro. O grupo do ex-governador Nilo Coelho que saiu derrotado nas urnas, terá a chance de escolher o presidente da Câmara, já que elegeu maioria dos vereadores.
Dez candidatos que estavam nos partidos apoiadores do candidato a prefeito derrotado foram eleitos, no entanto o vereador Zaqueu (PDT) não apoiou o grupo, ele por sinal foi o mais votado, foram 2942 votos. Jairo Magalhães tem hoje ao seu lado portanto, seis vereadores eleitos, dois a menos do que o necessário para constituir maioria.
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Oposição sem consenso
Na última semana aconteceu uma reunião entre os vereadores eleitos da oposição com a presença de deputados e de Nilo Coelho, ainda líder do grupo. Esta reunião tinha como objetivo a escolha de um dos eleitos para a presidência da Câmara, mas a reunião terminou sem consenso.
Segundo informações obtidas por esta reportagem, cinco vereados eleitos colocaram seus nomes na disputa pela presidência. Agostinho Lira(PSDB), Eponina(PSDB), Vandilson Medeiros(PRB), o atual presidente Carlos Jackson Loló(PDT) e até o novato Edileno(DEM) se mostraram dispostos a assumir o cargo. O Secretário de Agricultura do Estado, deputado estadual licenciado Vitor Bonfim(PDT) declarou apoio à candidatura de Loló para mais um mandato, como moeda de barganha, ele apoiaria o deputado estadual Luiz Augusto(PP) na eleição para presidência da Assembleia Legislativa do Estado.
O vereador Agostinho Lira (PSDB) aparecia como favorito entre seus pares, no entanto, o seu discurso pela redução dos salários dos vereadores no início deste mês parece ter repercutido mal entre seus colegas de partido.
Para o prefeito, ter maioria na Câmara é uma tranquilidade maior para aprovar seus projetos, Jairo pode ter dificuldades na sua gestão com uma representação minoritária na Casa. No entanto, a falta de consenso da oposição pode favorecer uma negociação política para virar a mesa e passar a ter a maioria. Os seis vereadores da base do prefeito podem propor apoiar um candidato da oposição que precisará conquistar apenas um voto na sua base para conseguir a maioria e ser eleito.
Os próximos 40 dias prometem ser de muita negociação, e o escolhido só poderá ser conhecido quando apurarem os votos. No mesmo dia da posse é realizada a eleição para composição da mesa diretora.