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Prefeito diz que foi mal interpretado em seu decreto

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Redação 96FM

O prefeito Jairo Magalhães concedeu entrevista ao portal Aratu Online, da TV afiliada ao SBT na Bahia. Depois da repercussão negativa do decreto instituído pelo prefeito de Guanambi, o gestor do município disse que houve uma má interpretação do conteúdo de seu texto.

Jairo afirmou que o seu decreto não fez referências a pessoas ou doutrinas religiosas. Segundo o prefeito, as referidas “forças espirituais do mal” estão relacionadas com tudo aquilo que não é bom para a cidade.

“Isso envolve tudo e todos que não são bem intencionados”, relatou, listando situações como os atos de corrupção, violência e desrespeito às leis que dão proteção à criança.

Jairo Magalhães admite ser cristão, defensor do Estado Laico e contra qualquer tipo de intolerância religiosa. “Quando uma pessoa chega para mim, não quero saber qual é a sua religião, porque valorizo [elas] pelos seus atos”, afirmou.

Em seu decreto, publicado no Diário Oficial do Município, o prefeito declara que a cidade pertence a Deus e cancelou, “em nome de Jesus, todos os pactos realizados com qualquer outro Deus ou entidades espirituais”.

Após grande repercussão, o MP analisa o teor do decreto para decidir se vai abrir processo contra o prefeito.

Veja trechos da entrevista concedida pelo prefeito:

Aratu Online – Qual foi a motivação da instituição deste decreto?

JM – Se trata, apenas, de a gente querer o bem para a cidade. O problema é que está sendo tudo desvirtuado.

AO – Então para o senhor, o que não tem relação com o cristianismo está ligado ao mal?

JM – O decreto não tem nenhuma relação com pessoas ou religiosidade

AO – O senhor fala em forças espirituais do mal e diz que vai cancelar, em nome de Jesus, todos os pactos realizados com outro Deus. Isso não é religiosidade?

JM – Não. Estou me referindo a todas as pessoas que não são bem intencionadas.

AO – Pode citar exemplos dessas manifestações?

JM – Estou falando de atos como corrupção, violência, desrespeito com as crianças e tudo aquilo que não é bom para a cidade.

AO – O senhor é a favor do Estado Laico?

JM – Sim e não aceito qualquer tipo de intolerância religiosa. Eu valorizo as pessoas pelo que elas praticam e não pela religião.

AO – Na sua gestão, os templos religiosos que não seguem ao cristianismo sofrerá algum tipo de discriminação?

JM – De forma alguma, inclusive, já fomos procurados por membros de um terreiro de candomblé, que teve o muro da cassa derrubada pela prefeitura, na gestão anterior. Vamos ver qual foi o motivo dessa atitude e solucionar de forma adequada.

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