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Renova espera concluir negociação com AES Tietê para finalizar Alto Sertão III

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Redação 96FM

Segundo informações do Canal Energia, a empresa Renova Energia espera concluir a negociação de venda do Complexo Eólico Alto Sertão II (386 MW – BA) junto a AES Tietê para finalizar a construção do seu principal projeto atualmente em carteira, o Complexo Alto Sertão III, localizado nas cidades de Caetité, Igaporã, Riacho de Santana, Urandi e Licínio de Almeida.

Em teleconferência realizada com analistas do mercado financeiro, nesta quinta-feira, 23 de março, o diretor-executivo da área Financeira, Cristiano Barros, explicou que o projeto de 400 MW de capacidade acabou sendo afetado, ao longo do ano passado, por problemas de liquidez da companhia. “A empresa não dispôs de recursos necessários para concluir a obra, que já está bastante avançada”, explicou.

Ainda segundo o executivo, após o aceite da proposta de compra apresentada pela AES Tietê – divulgada ao mercado no início deste ano –, as partes trabalham neste momento na concepção do contrato de compra e venda de ações, o que segundo ele “está ocorrendo dentro da normalidade, mas ainda sem prazo para ser firmado”. A operação deverá render aproximadamente R$ 650 milhões à Renova e promete melhorar o complicado quadro financeiro da companhia, que fechou o exercício de 2016 com dívida líquida de R$ 2,7 bilhões – 97% desse montante concentrados no curto prazo.

Além da venda do ativo, a entrada de uma linha de financiamento de longo prazo junto ao BNDES, destinado às obras de Alto Sertão III, deve mudar o perfil da dívida da empresa. O objetivo é concentrar 88% dos pagamentos no cenário de longo prazo. O prejuízo líquido acumulado de R$ 1,1 bilhão no ano passado dá a medida das dificuldades enfrentadas pela companhia. A Renova se viu obrigada a executar um forte plano de reestruturação financeira e operacional, acarretando em cancelamento de contratos (PPA de 676 MW com a Cemig), postergação do contrato Light II para 2020 e na desmobilização de mais de 200 funcionários.

“O ano de 2016 foi, sem dúvida, um ano muito difícil, de muito sacrifício para a companhia, mas também representou um momento de virada, no qual implementamos ajustes dentro de um novo modelo de negócio”, pontuou Barros.

Entre os ganhos de 2016, a empresa destaca a operação de descontratação, por meio do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits, de 203,8 MWmédios em PPAs firmados no Leilão de Energia Nova de 2011. A operação permitiu à Renova firmar contratos no mercado de curto prazo a preços, em média, 21% mais altos que os contratos anteriores no mercado regulado.

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