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Após apreensão milionária, PF prende Geddel

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A Polícia Federal realizou operação na manhã desta sexta-feira (8) para prender Geddel Vieira Lima em Salvador. O ex-ministro estava em prisão domiciliar desde julho por obstrução de justiça nas investigações da operação Cui Bono, que investiga fraudes na concessão de empréstimos da Caixa Econômica Federal para empresas.

Na última terça-feira (6), a PF encontrou malas e caixas com mais de R$51 milhões em um apartamento que seria usado por Geddel. A prisão foi determinada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. No governo Dilma Rousseff, Geddel ocupou a Vice-Presidência de Pessoa Jurídica do banco público, indicado pelo PMDB.

Segundo o G1, o pedido de prisão cumprido nesta sexta-feira foi apresentado pela PF e, posteriormente, acabou endossado pelo Ministério Público Federal (MPF), com base na apreensão de R$ 51 milhões em um apartamento que havia sido emprestado a Geddel por um amigo do ex-ministro. O argumento dos investigadores para solicitar que o ex-ministro retorne para a cadeia é o eventual risco de “destruição de elementos de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos”. Além disso, a PF identificou risco de fuga depois da divulgação da apreensão do dinheiro.

Além de Geddel, a PF cumpre mandado de prisão preventiva contra o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz, que, segundo as investigações, é ligado ao ex-ministro. Antes de assumir a chefia da Defesa Civil da capital baiana em janeiro deste ano, Ferraz atuava como diretor de Habitação da antiga Secretaria Municipal de Infraestrutura e Defesa Civil, agora chamada de Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas. Ele ficou no cargo entre os anos de 2015 e 2016.

Ferraz também foi superintendente da Indústria e Comércio da prefeitura de Lauro de Freitas entre 2013 e 2014, superintendente de Desenvolvimento Industrial e Comercial da Bahia, em 2009, e superintendente da Agência do Desenvolvimento Econômico de Salvador (2007-2008).

O juiz federal de Brasília também expediu outros três mandados de busca e apreensão, todos na capital baiana. A Justiça autorizou as buscas alegando que a PF suspeita que ainda exista mais dinheiro de origem ilícita escondido pelo ex-ministro. Geddel deve ser levado para Brasília para retornar ao presídio da Papuda no início da tarde.

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