Agência Sertão
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pôs em prática a troca do grupo de trabalho da lava-jato, criado para cuidar dos inquéritos que investigam autoridades com foro privilegiado e deixou na força-tarefa apenas dois dos dez procuradores que trabalharam com o ex-procurador-geral Rodrigo Janot. Raquel deu um prazo de 30 dias para que cinco desses ex-ajudantes de Janot ajudem na transição das investigações. Além disso, ela deixou especificado na decisão da composição do novo grupo que os componentes terão atribuição para instruir a assinatura de acordos de delação premiada.
Essas decisões são os primeiros atos da procuradora-geral no cargo em relação a Lava-Jato, depois de assumir a função. Durante o pronunciamento de posse, na manhã de segunda-feira (18), ela fez sete referências ao combate a corrupção, sem mencionar a operação.
A gestão de Raquel focará também outras áreas, em especial da defesa dos direitos humanos. As portarias com a composição foram publicadas nesta terça-feira (19) no Diário Oficial da União. O grupo de trabalho de Lava-Jato na gestão de Raquel tem a seguinte organização: José Alfredo de Paula, coordenador do grupo; Raquel Branquinho, que também assume a função de secretária de Função Penal Originária no Supremo Tribunal Federal (STF), a quem o grupo se subordina; Marcelo Ribeiro de Oliveira, integrante tanto do grupo quanto da secretaria; Hebert Reis Mesquita; José Ricardo Teixeira; Luana Vargas; Maria Clara Barros; e Pedro Jorge do Nascimento.
Willian Silva