O Ministério Público Federal (MPF) expediu ontem (28) ofício ao Gabinete de Intervenção Federal na segurança do Rio de Janeiro solicitando informações sobre a operação dos militares na Refinaria Duque de Caxias (Reduc). As Forças Armadas ocuparam a refinaria para garantir o abastecimento de combustível ao estado, que estava comprometido devido à paralisação dos caminhoneiros.
O ofício foi enviado depois de uma diligência na Reduc, feita na manhã de ontem pelo procurador da República Julio José Araújo Junior. O prazo para resposta do gabinete é de 24 horas.
O objetivo do procurador, segundo o MPF, é acompanhar a situação do abastecimento na região. Um dos questionamentos feitos foi sobre as medidas que estão sendo adotadas para impedir as obstruções feitas por caminhoneiros, mesmo depois do anúncio do acordo do governo com a categoria.
O procurador fez mais duas perguntas: “Considerando a participação de outras categorias e setores, como o das vans, quais medidas serão adotadas?” e “considerando a importância dos meios pacíficos de solução de controvérsias, mas tendo em vista o papel do Estado na defesa estratégica da refinaria, por que não há clareza quanto ao quantitativo de caminhões a serem liberados e à sua destinação?”
Júlio Araújo Junior disse que estranhou o fato de que a mobilização já não mencionava qualquer pauta reivindicatória dos caminhoneiros, mas somente o lema “intervenção militar já”, sendo que o dia de ontem seria, segundo os manifestantes, crucial para o desfecho do movimento.
Fonte: Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil