O Ministério da Saúde emitiu um alerta por causa da baixa cobertura vacinal contra a poliomielite. O Brasil está livre da poliomielite ou “paralisia infantil” desde 1990. A doença é infectocontagiosa grave. Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que Paquistão, Nigéria e Afeganistão ainda são considerados endêmicos porque possuem transmissão constante da doença. As baixas coberturas vacinais, principalmente em crianças menores de cinco anos, acenderam uma luz vermelha aqui no Brasil.
De acordo com o Ministério da Saúde, o risco existe para todos os municípios que estão com coberturas abaixo de 95%. Só Ceará, Rondônia e Mato Grosso do Sul têm índices de vacinação acima disso. A média nacional em 2017 foi de 78%.
Um mapeamento da pasta aponta que em 312 cidades brasileiras menos da metade das crianças menores de um ano foram vacinadas. Na cidade baiana de Ribeira do Pombal esse índice é de 0.5%. Amapá, Rio Grande do Norte, Pará, São Paulo e Bahia são os cinco estados com os piores indicies de cobertura vacinal contra a paralisia infantil.
A vacinação é a única forma de prevenção da Poliomielite e de outras doenças que não circulam mais no país. A próxima Campanha Nacional de Vacinação contra a paralisia infantil será de 6 a 31 de agosto. Os bebês devem receber a imunização aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses, recebem o reforço.
Todas as crianças menores de cinco anos também devem tomar as duas doses durante a Campanha Nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente. Dos dez estado com pior índice de vacinação estão na amazônia legal: Amapá – com a cobertura mais baixa do país, Pará, Acre, Maranhão e Amazonas.
A coordenação do Programa de Imunização do Amapá, onde pouco mais de 62% das crianças são vacinadas, citou os principais problemas que colocam o estado abaixo da média de vacinação contra a poliomielite: Unidades Básicas funcionando em apenas um turno; além da baixa procura da vacina pelos pais ou responsáveis.
A pasta destaca ainda que alguns municípios têm dificuldade de informar os dados vacinais no programa do SUS por causa de problemas de acesso à Internet.
Renata Martins, da Rádio Agência Nacional