Joana Martins/ Agência Sertão
Começou nesta segunda-feira (23), a greve dos professores da rede municipal de Guanambi. A decisão foi tomada em uma assembleia realizada no dia (13), após as negociações com a Gestão Pública Municipal não avançarem.
Por conta da greve, mais de 11 mil alunos estão sem aulas, no total, trinta e cinco escolas municipais de ensino básico de Guanambi estão com as aulas suspensas. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Guanambi (Sispumur), o ponto principal da revindicações dos professores é o reajuste do percentual (6,81%) do Piso Salarial, definido em todo o Brasil por meio do Ministério da Educação e Cultura (MEC).
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) é um fundo especial, de natureza contábil e de âmbito estadual, formado, por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, Distrito Federal e municípios.
Os grevistas realizaram uma manifestações em frente à prefeitura e depois na Praça do Bradesco na manhã desta segunda-feira (23). Eles alegam que a prefeitura está gastando apenas 88.34% dos recursos do Fundeb com folha dos professores e o repasse de 6.81% caberia no orçamento.
Em nota, a Prefeitura de Guanambi afirmou que o repasse do Fundeb é toda direcionado aos professores e necessita de acréscimo com dinheiro municipal. “Ficou comprovado na abertura de contas com participantes de representantes do sindicato e da prefeitura de Guanambi, além de vereadores, que não há verba para o reajuste pedido. Todo recurso que chega do Fundeb, é totalmente repassado para o pagamento dos professores e ainda o município tem de complementar com recursos próprios”, explica a nota.
Além disso, a prefeitura esclarece que devido a esse deficit, em 2017 o município teve de complementar em mais de R$ 2,5 milhões. E se for concedido o reajuste, o deficit saltará para mais de R$ 7,5 milhões de reais, valor que não tem como cobrir”, diz a nota. A greve segue por tempo indeterminado.