Operação da PF na Bahia resulta em afastamento de prefeitos

Os prefeitos das cidades de Pilão Arcado e Ipirá, Afonso (PP) e Marcelo Brandão (DEM), respectivamente, deverão ficar afastados do cargo por dez dias, e retomar as atividades após o prazo

Deflagrada na manhã desta terça-feira (21) a operação da Polícia Federal (PF), denominada Offerus, que desarticulou esquemas de fraude em algumas cidades da Bahia, resultou na prisão de um empresário, no afastamento de dois prefeitos e no cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão, além da ordem de bloqueio de contas bancárias e imóveis. Também foram apreendidos dois veículos de luxo, e cerca de R$ 850.630 mil em espécie, encontrados na casa de praia de um dos investigados.

A ação que se estendeu nas cidades de Alagoinhas, Casa Nova, Conde, Ipirá, Jequié e Pilão Arcado, também chegou a fiscalizar uma loja especializada em artigos para escritório, localizada na avenida Lucaia, no Rio Vermelho, na capital baiana. A  investigação começou às 6h da manhã e apreendeu computadores e documentos.

Os prefeitos das cidades de Pilão Arcado e Ipirá, Afonso (PP) e Marcelo Brandão (DEM), respectivamente, deverão ficar afastados do cargo por dez dias, e retomar as atividades após o prazo. Porém, mesmo após o fim do período de afastamento, eles continuarão a ser investigados.

De acordo com informações da chefe da ação, delegada Luciana Matutino Caires, os gestores teriam recebido propina diretamente do esquema, seja em espécie ou por meio de transferência bancária. Alguns ex-prefeitos, que não tiveram os nomes revelados, também receberam dinheiro, através de servidores públicos como secretários municipais.

Segundo a polícia, um empresário do ramo de imóveis, que não teve o nome divulgado, era o maior beneficiário do esquema. “Ele usou os seus funcionários da sua empresa como “laranjas”, para abrir outras três. A partir daí, elas ganhavam as licitações fraudadas e superfaturavam as contas dos municípios. Era pago aos motoristas, um valor muito menor do que constava nas documentações. Além de se apropriar do montante, era desse valor superfaturado que saíam as propinas pagas aos agentes políticos e outras pessoas envolvidas”, afirmou Luciana, por meio de nota da asssessoria de imprensa.

Foi na casa de praia do empresário que os investigadores encontraram mais de R$ 850 mil em espécie. O suspeito está preso por tempo indeterminado pelos crimes de indevida dispensa de licitação, fraude a licitação, superfaturamento, desvio, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e associação a organização criminosa. Estima-se que cada contrato feito rendia á ele cerca de R$ 300 mil.

Dos R$ 130 milhões, firmados nos contratos dos seis municípios investigados, cerca de R$ 38 milhões já foram identificados como fraudes e bloqueados pela Justiça.

Via A tarde.

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