Joana Martins | Agência Sertão
A doença leishmaniose é uma doença divulgada de forma distorcida por vários veículos de comunicação na região. Após pronunciamento do vereador Marcelo Falcão, na última segunda-feira (08), na sessão da câmara de vereadores de Carinhanha, no qual ele afirma está contaminado com a doença junto com seus familiares, houve várias informações equivocadas que levaram os moradores ficarem com medo e interpretaram que os cães e gatos são os culpados pelos casos registrados da região.
A leishmaniose é classificada em dois tipos, leishmaniose visceral (LV), conhecida como calazar, e a leishmaniose tegumentar (LT). Ambas são consideradas doenças infecciosas e são transmitidas por flebotomíneos infectados de espécies distintas. “A transmissão da doença ocorre pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos, popularmente chamados de “mosquito-palha” ou “cangalhinha”. Eles são pequenos, de cor clara e pousam de asas abertas. O mosquito se contamina com o sangue de pessoas e animais doentes e transmite o parasita a pessoas e animais sadios”, explica a médica veterinária Lydiane Carvalho.
Assim como os cães, os gatos, as raposas e roedores também são vitimas da doença. No entanto, o cão tem um importante papel na manutenção da doença no ambiente urbano, visto que pode permanecer sem sintomas mesmo estando doente. Portanto, o cuidado para não propagação da doença também de responsabilidade do proprietário.