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Mesmo fechado para obras, aeroporto de Guanambi recebeu pousos no fim de semana

"Todo mundo que utiliza o aeroporto sabe que nem em caso de emergência, como a remoção de uma pessoas doentes, o pouso e a decolagem estão autorizados", disse uma testemunha

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Tiago Marques |Agência Sertão

Fechado desde o dia 2 de outubro para obras de reforço da pista, o aeroporto de Guanambi recebeu pouso de uma aeronave no último sábado (27). Um avião do modelo Paradise, prefixo PU-CGF pousou na pista por volta das 17h. Um ultraleve também realizou pouso no aeroporto no mesmo dia. A informação foi passada por populares que estavam no entorno e presenciaram o momento do pouso. O gestor do aeroporto e o proprietário da empresa responsável pela aeronave negam que o pouso tenha ocorrido.

No final do mês de setembro, os proprietários retiraram as aeronaves que estavam estacionadas nos hangares do aeroporto e levaram para outras pistas, como a de Caetité e de Brumado. Nem mesmo aeronaves de emergência estão autorizados a pousar na pista enquanto perdurarem as obras.

A Agência Sertão conversou com um especialista em aviação que informou que o modelo de aeronave que pousou no último sábado precisa de apenas 800 metros de pista para o pouso. A pista do aeroporto de Guanambi tem 1.700 metros e a reforma está sendo feita em pequenos trechos. No entanto, mesmo com parte da pista sem obras, o pouso pode ser considerado irregular, pois o aeroporto está completamente fechado até 1º de dezembro.

Em contato o coordenador da Divisão de Aeroporto da prefeitura, Alex Cardoso disse que não tem conhecimento do pouso da referida aeronave. “Não tenho conhecimento deste pouso no aeroporto, pois esta operação está proibida. Para pousar em Guanambi precisa de um plano de voo, e esse plano não é autorizado pelo sistema por conta do fechamento do aeroporto. O que eu tenho conhecimento é do pousou de um ultraleve, que não utilizou a pista e sim o pátio em frente aos galpões”, disse o gestor.

A reportagem apurou que a aeronave pertence à empresa Kronos Aircraft Engenharia Aeronáuticas Ltda, localizada no município de Barreiras. A empresa negou, através de proprietário Caio Rangel que a aeronave tenha saído do solo e afirmou que o avião não pertence mais a empresa. “Essa aeronave não saiu do solo, o aeroporto de Guanambi está interditado, o que aconteceu foi que um funcionário retirou a aeronave no hangar para ligar o motor depois de muitos dias parado, essa informação pode ser confirmada com a gestão do aeroporto. Essa aeronave foi vendida para uma empresa de Guanambi e ainda não foi transferida”, disse Rangel.

A aeronave ficou estacionada em frente ao hangar de propriedade do empresário Bráulio Fernandes, irmão do ex-prefeito Charles Fernandes.

Apesar da negativa do gestor do aeroporto e do proprietário da empresa responsável pelo aeronave, testemunhas relataram à Agência Sertão que viram o momento do pouso. “O avião veio da direção do município de Matina, deu um giro, contornou e pousou pela cabeceira que fica ao lado da BR-030”, relatou uma das testemunhas.

Outra testemunha relatou descontentamento com a suposta infração. “Fiquei revoltado quando vi o pouso, todo mundo que utiliza o aeroporto sabe que nem em caso de emergência, como a remoção de uma pessoas doentes, o pouso e a decolagem estão autorizados. Fazem o que querem com as coisas públicas nessa cidade”, comentou.

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