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Com reordenamento, Guanambi deve perder mais um Colégio Estadual

Existe a expectativa que ocorrerão fechamentos de algumas turmas no colégio Idalice Nunes

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Joana Martins e Tiago Marques | Agência Sertão

Caso o Governo do Estado da Bahia leve à frente o processo de reordenamento da rede estadual de Educação, Guanambi deve perder mais um colégio estadual nos próximos anos. A Secretaria de Educação ainda não informou quantas escolas serão fechadas no Estado, Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) prevê o fechamento de pelo menos 100 unidades.

Em Guanambi, o Colégio Idalice Nunes deve ser o próximo a entrar em processo de inativação. Segundo o diretor do Núcleo Territorial de Educação – 13, André Brandão, ainda nada foi oficializado, no entanto reuniões com a direção do colégio já vêm acontecendo para debater o reordenamento.

Existe a expectativa de que ocorrerão fechamentos de algumas turmas já no próximo ano letivo. Em 2019, o 6ª ano do ensino fundamental já não deve ser ofertado pela unidade. Nos anos seguintes o bloqueio deve atingir as turmas subsequentes. Além disso, todo o ensino médio regular, aproximadamente 10 turmas, deverá ser remanejado para outra unidade. A maioria das turmas do Educação de adultos (EJA) também não deverá ser mais fornecida pela escola. O argumento para essa mudança, são as quedas frequentes dos números de alunos.

Atualmente, 750 alunos estão matriculados na unidade de ensino, no entanto, a expectativa é que para o próximo ano letivo, caso se confirme o reordenamento, a escola receba apenas 250 estudantes. Neste ano, 274 alunos estão matriculados no Ensino Médio e 143 no EJA . Para o próximo ano, apenas uma turma funcionará a noite, a do 7º e 8º ano do EJA. Com o fechamento do 6º ano, a expectativa é que 55 alunos sejam matriculados na rede municipal. Todos os alunos do ensino médio deste colégio deverão ser transferidos para o Colégio Luiz Viana. O Colégio Idalice Nunes atende também cerca de 50 alunos de educação especial.

“Precisamos pensar o Ensino Fundamental como um todo, compartilhando ações entre municípios e o Estado. Cada caso é um caso, e o importante é trabalharmos em conjunto para encontrar uma educação melhor para nossos alunos. Sempre que a municipalização for o melhor caminho, estaremos a favor”, afirmou André Brandão.

Sendo assim, além da redução do número de alunos, existe a possibilidade dos funcionários serem deslocados para outros lugares. No total, são 58 funcionários, sendo eles, 40 professores, 6 intérpretes de Libras e 12 colaboradores para a manutenção e  administração. A partir disso, não se descarta o fechamento do colégio de forma gradativa. Casos semelhantes já aconteceram nos colégios Gercino Coelho e Monteiro Lobato. Os prédios dessas duas unidades continuam fechados e sem nenhum tipo de uso.

O fechamento de colégios vem acontecendo gradualmente em vários estados do país. Em São Paulo, a ideia chegou a chamar muita atenção da mídia devido às ocupações que ocorreram à época. A justificativa dos governos é a diminuição da demanda por matrículas, o que torna inviável o funcionamento da escola abaixo da capacidade. Como também a  municipalização atende disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB nº 9.394/96), que estende aos municípios a responsabilidade pela gestão do Ensino Fundamental e aos estados a responsabilidade pela gestão do Ensino Médio.

Na Bahia o sindicato dos professores já realizou manifestações contra o fechamento das escolas.

 

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