Tiago Marques | Agência Sertão
Os rejeitos da barragem que se rompeu no início da tarde desta sexta-feira (25) em Brumadinho, região central de Minas Gerais, irão escoar pela bacia do rio Parabopeba até chegar ao Rio São Francisco.
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A barragem está localizada no curso do córrego do Feijão, afluente do rio Paraopeba, que por sua vez é afluente do rio São Francisco. Antes de chegar ao Velho Chico, a lama composta por rejeitos da extração de minério de ferro irá percorrer cerca de 300 Km pela bacia. A foz do rio Parabopeba é no lago da barragem de Três Marias, no Noroeste do Estado.
A Vale possui duas barragens na região, a que se rompeu foi construída em 1976 com capacidade para armazenar 12,7 milhões de metros cúbicos e não recebia rejeitos há alguns anos, pois a mina passou a operar com beneficiamento à seco.
As barragens da Mina do Córrego do Feijão não estavam entre as 50 com risco eminente de rompimento, segundo último levantamento da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam).
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Há pouco mais de três anos, a barragem do Fundão em Mariana rompeu e cerca de 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram despejados na bacia do rio Doce, 19 pessoas morreram na tragédia.
Atualização
Segundo o corpo técnico do ministério do Meio Ambiente, a primeira estrutura receptora dos impactos seria a Barragem de Retiro Baixo, a mais de 150 km do ponto de rompimento.
Os integrantes do governo avaliam que as primeiras medidas saneadoras deverão ser adotadas pelos órgãos ambientais do governo de Minas Gerais, o responsável pelo licenciamento e fiscalização da barragem. Ao ministro Salles, os técnicos chegam a apontar prioridades nessas primeiras horas seguidas do desastre: resgate de vítimas e proteção de pontos de captação de água.
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Mulher é retirada por bombeiros após rompimento de barragem em Brumadinho, Minas Gerais
📹@recordtvminas pic.twitter.com/2FnBCUklka— UOL Notícias (@UOLNoticias) 25 de janeiro de 2019