As aulas no Colégio Municipal Josefina Teixeira de Azevedo começaram nesta segunda-feira (18) com uma novidade para alunos e professores. Foi iniciado na unidade de ensino, a implantação do sistema CPM, sistema pedagógico e disciplinar semelhante ao usado nos Colégios da Polícia Militar do Estado.
Segundo a PM, Guanambi é o 4º município a aderir ao sistema, no total, 40 escolas estão conveniadas para a implantação do CPM. O vetor hierárquico dos colégios da Polícia Militar não será implantado para que não haja a militarização das escolas.
Segundo a Secretaria de Educação, a metodologia de ensino segue a mesma das demais escolas do município. O Diretor Escolar fica com as responsabilidades administrativas e o processo pedagógico da Unidade. O que muda é a implantação da disciplina militar, que vai ser incorporada no processo educacional, onde os policiais militares da reserva iniciarão as atividades de adaptação à nova metodologia disciplinar, instruirão os alunos para as atividades básicas que serão realizadas no estabelecimento escolar.
Durante a aula inaugural, o Ten. Cel. Arthur Mascarenhas, comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar da Bahia (PM-BA), apresentou à comunidade escolar o novo diretor militar, Cap. Pacheco, o Diretor de disciplina, Cap. Dantas, além dos policiais militares da reserva e tutores Ten. Ubaldino e o Sub-Tenente Nascimento.
O prefeito Jairo Magalhães também participou da solenidade e disse que a implantação do sistema CPM é um marco histórico na educação municipal. Ele acredita que este é o primeiro passo para que o município receba um colégio militar. Jairo disse ainda que a presença da polícia no espaço escolar não tem o objetivo de amedrontar e sim transmitir segurança.
O Colégio Josefina Teixeira foi reformado para receber o sistema CPM, os móveis foram trocadas e as salas receberam aparelhos de ar condicionado.
Sistema de Colégios da Polícia Militar é alvo do Ministério Público Federal
O Ministério Público Federal (MPF), através da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) na Bahia, instaurou um inquérito em setembro do ano passado para acompanhar a aplicação da metodologia de colégios militares nas escolas públicas. “Com o inquérito civil, pretende-se obter maiores informações sobre a citada política pública e avaliar seu embasamento técnico, a forma de implantação e suas possíveis consequências”, diz nota publicada no portal do MPF.
Segundo o tenente-coronel Ricardo Albuquerque, assessor técnico para Área de Educação do Comando Geral da Polícia Militar, a intenção não é militarizar as escolas. Por essa razão, o vetor hierárquico foi excluído das parcerias com os municípios. “Ele foi excluído para que a gente não militarize as escolas, mas que a gente dê o conceito de formação dos colégios da Polícia Militar”, esclareceu