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Confronto na fronteira Brasil-Venezuela deixa quatro mortos

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Quatro pessoas morreram e 24 ficaram feridas em confrontos em Santa Elena de Gueiren, cidade venezuelana na fronteira com o Brasil neste sábado (23), segundo o The Washington Post, citando o o grupo Foro Penal, que monitora a violência na região. “Nos contaram que coletivos atiraram em pessoas na fronteira e a situação é grave”, diz o diretor do grupo, Alfredo Romeiro. Uma equipe deles está no local.

Um dos mortos é um adolescente de 14 anos, de nome não divulgado. Outro é um adulto, de nome José Hernandez. Segundo a prefeitura da cidade venezuelana, há pessoas no local tentando abrir um canal humanitário na fronteira com o Brasil, para passagem de mantimentos.

Na última sexta, dois indígenas foram assassinados por agentes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), que atacara uma comunidade indígena na proximidade da fronteira. Após as mortes, os índios sequestraram quatro membros da GNB, que ainda não foram liberados. O clima segue tenso e violento na região.

Há conflitos também na fronteira da Venezuela com a Colômbia. O ditador Nicolás Maduro anunciou que vai romper relações com a Colômbia, que tem apoiado oposicionistas ao regime. Ele determinou que os diplomatas colombianos deixem o pais em 24 horas.

Caminhões queimados

Os dois caminhões com ajuda humanitária que saíram do Brasil com destino à Venezuela continuam detidos na fronteira com o país, na região entre a cidade brasileira de Pacaraima (RR) e Santa Elena de Uairén, na Venezuela. O relato da reportagem contradiz o anúncio feito mais cedo pelo presidente autodeclarado, Juan Guaidó, de que os veículos tinham conseguido cruzar a fronteira.

Há pouco, surgiram novos relatos de que na fronteira venezuelana com a Colômbia, na ponte São Francisco de Paula Santander, venezuelanos correram para resgatar caixas de comida e remédios de caminhões em chamas. Fernando Flores, que estava no local e disse ser um parlamentar no Equador, afirmou que guardas nacionais venezuelanos incendiaram os caminhões quando estes entraram em território venezuelano, sob ordens do presidente do país, Nicolás Maduro.

Maduro prometeu bloquear todas as remessas de ajuda, consideradas por ele um “cavalo de Troia” com o objetivo de “pavimentar o caminho para uma intervenção militar estrangeira”.

 

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