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Empresário acusa banco por racismo em Salvador

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Empresário acusa banco por racismo em Salvador

O empresário Crispim Terral, 34 anos, acusa a Caixa Econômica Federal de racismo, após ter sido expulso de uma agência e retirado à força pela Polícia Militar, que atendeu ao chamado da gerência da unidade, que fica no Relógio de São Pedro, na Avenida Sete de Setembro, em Salvador. A ação, que ocorreu na tarde da terça-feira (19) passada, foi toda gravada e as imagens divulgadas em uma rede social do empresário. Crispim é proprietário da Farmácia Terral, em Salinas das Margaridas, no Recôncavo baiano.

Crispim denunciou que, após esperar por mais de quatro horas na agência, para receber um atendimento, o gerente pediu que ele se retirasse. Após negativa do cliente, o funcionário acionou uma equipe da Polícia Militar.

Espera

Após ir sete vezes na agência e não conseguir solucionar o problema, o empresário resolveu procurar atendimento mais uma vez na semana passada – ele estava acompanhado da filha de 15 anos. O empresário disse que foi atendido por um gerente de prenome Mauro. “Ele me tratou de forma indiferente em relação aos outros clientes que estavam lá. Eu tive que esperar durante quatro horas até me cansar e ir até à mesa do gerente geral”, contou.

Cansado da espera, o cliente resolveu tentar solucionar o problema com o gerente geral, identificado por ele como João Paulo. Ele afirma que o funcionário o tratou de forma ríspida ao ser questionado sobre o tempo de espera e o atendimento prestado.

“Ele então acabou chamando a polícia depois que eu me recusei a sair da mesa dele. Após uma hora, os policiais chegaram no local e, à princípio, não fui maltratado. Eles quiseram me conduzir à delegacia junto com o gerente geral, mas ele afirmou que só iria se ‘esse tipo de gente’ saísse algemada”, contou.

Mata-leão
Depois de se recusar a ser algemado, o empresário acabou recebendo um “mata-leão” – golpe de estrangulamento – de um dos PMs. O vídeo do momento em que Crispim é imobilizado foi gravado pela filha de 15 anos. “Também acredito que sofri racismo por parte do policial, porque sequer esbocei uma reação, estava tranquilo. Podem até pedir as imagens das câmeras de segurança do banco. Minha filha ficou em pânico”, disse.

Crispim afirma que foi conduzido pelos policiais em uma viatura à Central de Flagrantes, onde foi autuado por desobediência e resistência. Logo em seguida, ele procurou uma unidade de saúde – a UPA dos Barris – onde recebeu atendimento por sentir fortes no maxilar, cabeça, pescoço e ombro esquerdo. Ele prestou uma queixa contra os PMs na Corregedoria da Polícia Militar na quarta-feira (20).

Segundo o relato do empresário, registrado na Corregedoria e disponibilizado por ele em uma rede social, os soldados Roque da Silva e Rafaeal Valverde Nolesco iniciaram as agressões físicas contra ele dentro da agência, onde ele foi imobilizado com uma gravata, e levando-o ao solo, diante de sua filha de 15 anos.

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