Obrigatoriedade de compra de uniformes da metodologia CPM gera polêmica em Guanambi

As aulas no Colégio Municipal Josefina Teixeira de Azevedo começaram no dia 18 de fevereiro com a implantação do sistema CPM, sistema pedagógico e disciplinar semelhante ao usado nos Colégios da Polícia Militar do estado.

Nos últimos dias, pais estão questionando sobre os uniformes exigidos pelo Colégio. “O prefeito falou que iria oferecer o uniforme completo, no entanto, agora recebemos a notícia que os pais terão que comprar o uniforme de educação física e o calçado, e eu não concordo”, relata uma mãe. Ela mostra o termo de compromisso enviado pela escola, confirmando que os pais precisam comprar os uniformes e caso não cumpram as regras, os alunos serão remanejados para outra unidade de educação.

A Agência Sertão teve acesso a esse termo de compromisso, no qual no artigo 4º determina a obrigatoriedade dos pais pela compra das vestimentas. “Comprometo-me em adquirir todos os uniformes exigidos para a frequência do (a) aluno (a) nesta Unidade Escolar, atendendo o prazo estabelecido pela Direção Geral (sic)“, diz o oficio.

Em contato com a direção do Colégio Josefina Teixeira, a diretora Eliana Correia explicou a questão. ” O prefeito Jairo Magalhães se comprometeu a doar o primeiro uniforme do aluno, ou seja, apenas neste ano os alunos terão uniformes doados. Entretanto, a doação limitasse apenas a um calçado e uma farda para assistir aula. A roupa de educação física é  de responsabilidade dos pais, como sempre foi”, justifica a diretora.

Em anos anteriores, os pais ficavam responsáveis pela comprar da blusa, a qual custa em média R$22. Além disso, a calça e o calçado de preferência.

A preocupação dos pais é agravada pelo valor alto do uniformes dos Colégios Militares. “Os valores dos uniformes serão acessíveis comparado ao dos Colégios Militares. De seis uniformes, serão exigidos apenas dois – O de frequentar as aulas e o outro de educação física. Como também, estamos buscando orçamentos mais baixos”, explica a diretora.

Questionando sobre a possibilidade de alunos carentes não conseguirem comprar o item, a diretora afirmou que ” fará o possível para ninguém ficar prejudicado, como sempre fez nos anos anteriores”.  Além da polêmica das vestimentas, pais também se queixaram da falta de matérias didáticos para todos os alunos. “Realmente, estamos com estes problemas, principalmente referindo aos livros. O colégio possuí o dobro de alunos do ano anterior e demora para ajustar tudo, só que não estamos exigido que os pais comprem nada” afirma Correia.

A prefeitura de Guanambi afirmou que a contratação da confecção dos uniformes prometidos para doações está em andamento, no entanto, uma previsão de data de entrega não foi informada. Contudo,  a direção do colégio ressaltou que os alunos não serão impedidos de frequentar as aulas até a normalização da situação, como também, qualquer dúvida pode ser esclarecida na direção ou coordenação.

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