As aulas das escolas estaduais e municipais de Guanambi foram suspensas nesta sexta-feira (22). Os servidores aderiram ao dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência. Várias ações estão sendo promovidas, nas cidades brasileiras, em protesto a Reforma da Previdência proposta pelo atual governo – como panfletagens, atos, manifestações e assembleias.
A paralisação foi convocada pelas centrais sindicais e houve adesão dos servidores municipais e estaduais da educação em Guanambi e também de alguns alunos e professores da Universidade do Estado da Bahia – Uneb Campus XII. Cerca de oito entidades e movimentos sociais, além de estudantes e professores, participaram de um debate promovido pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Guanambi e Região (Sispumur).
O Sispumur emitiu nota informando que a adesão ao movimento foi aprovada por assembleia realizada na última quarta-feira (20). As atividades iniciaram às 9h, no auditório da Câmara Municipal, onde foi preparada uma mesa de debate, com advogados especialistas em previdência social e professores da Uneb. O debate permaneceu até às 12h.
Segundo Elísia Ramos presidente do Sispumur, o objetivo foi aderir ao movimento social e explicitar os principais pontos da Reforma da Previdência. “Todos os trabalhadores do Brasil hoje estão se manisfestando contra o projeto antidemocrático, um projeto autoritário, um projeto que retira os direitos dos trabalhadores. Basicamente limita o acesso a aposentadoria, reduz benefícios e muitos trabalhadores poderão ficar sem o direito a aposentadoria no futuro”, explica.
Em relação aos estudantes, Elísia entende que a mobilização proporcionará benefícios equiparável ao da sala de aula. “Nós tivemos uma aula pública riquíssima, eu não vejo como prejuízo, diante de todos os esclarecimentos prestados aqui. Na verdade, os professores se deslocaram da sala de aula e veio para Câmara”, pontua.
Para Elísia a perspectiva é ampliar as atividades a depender dos desdobramentos em relação a proposta da reforma. “Vamos continuar mobilizados, vamos continuar em vigília e aguardar. Vamos pontuar novamente a continuidade do movimento e vamos organizar rumo a greve geral”.
O estudante de enfermagem da Uneb, Mário Júnior, acredita que esse é um momento de agregar conhecimento para desenvolver debates fundamentados. “Nós consideramos que esse é um momento de se apoderar e empoderar de informações para estarmos embasados para discutir sobre esse processo da Reforma da Previdência. Então é importante sentarmos, reunirmos e estudarmos para não sairmos espalhando Fake News ou falando daquilo que não temos conhecimento”, pondera.
Os servidores da rede estadual também participaram do debate da Câmara Municipal. Esta foi a segunda paralisação em protesto contra a reforma da previdência que aconteceu nas escolas estaduais de Guanambi. A primeira ocorreu em 20 de fevereiro.
IF Baiano e Uneb tiveram aulas acontecendo normalmente nesta sexta-feira.